DA FOLHA VALE

O diretor regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Felipe Cury, vai discutir às 10h de hoje com o prefeito de São José dos Campos, Emanuel Fernandes (PSDB), as propostas que serão adotadas pelas empresas para a adequação ao racionamento de energia.
As sugestões foram reunidas pela entidade desde que as medidas do governo federal foram anunciadas e discutidas com os empresários, na semana passada.
O Ciesp iniciou há 15 dias uma pesquisa com os empresários para encontrar alternativas para a redução no consumo e avaliar o impacto dos cortes de energia.
Hoje, as soluções encontradas pelo grupo serão divulgadas. A lista com as modificações foi elaborada após reunião com o gerente-executivo da área comercial da Bandeirante Energia, Rene Mina Vernice, e o resultado da pesquisa.
O formulário enviado às empresas reuniu perguntas relativas ao consumo médio de energia elétrica e quais as medidas que estão sendo tomadas por cada uma delas em virtude do racionamento de energia.
Além disso, o Ciesp disponibilizou uma sala, na sede da entidade, para a criação de um banco de dados com as medidas de racionamento adotadas por algumas indústrias instaladas em São José, para que possam ser aproveitadas por outras empresas.
Outra proposta defendida pelo grupo na semana passada foi uma modificação na Lei Orgânica Municipal, para que seja permitida a instalação de usinas termelétricas na cidade.
Cury defendeu a medida como a única alternativa para que os empresários consigam contornar os cortes no consumo sem diminuir a produção e os postos de emprego.
A economia de energia imposta pelo governo federal já obrigou duas empresas da cidade a rever os horários de produção.
A Kodak reduziu um dia de trabalho da indústria aos domingos, e a Solectron anunciou a suspensão do terceiro turno de produção, a partir de segunda-feira, para economizar energia.
A Eaton também estuda a diminuição da jornada semanal da empresa. A General Motors desligou a iluminação na linha de produção onde trabalham robôs.


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