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ECONOMIA
Funcionários atrasaram a entrada no trabalho na Johnson & Johnson e na Philips, ontem, em São José dos Campos
Protesto pára produção em empresas
DA FOLHA VALE
Trabalhadores da Johnson &
Johnson e da Philips fizeram paralisações ontem e atrasaram a
entrada no trabalho em quase três
horas para protestar contra o impasse nas negociações da PLR
(Participação nos Lucros ou Resultados).
Os metalúrgicos e químicos
prometeram novas paralisações e
até mesmo uma greve a partir de
hoje se não houver acordo entre
as empresas e os sindicatos.
Os químicos estão em estado de
greve desde de sexta-feira e, ontem, atrasaram a entrada do primeiro turno da Johnson em três
horas.
A paralisação provocou congestionamentos na via Dutra, ao lado
da entrada da fábrica, durante
uma assembléia organizada pelo
Sindicato dos Químicos.
As polícias Rodoviária Federal e
Militar foram acionadas para garantir a entrada dos funcionários
que não aderiram à paralisação.
Os trabalhadores rejeitaram a
proposta da Johnson, que quer
atrelar o pagamento da PLR a um
percentual sobre o valor do salário dos funcionários.
A empresa propôs o pagamento
de participação de 50% em duas
parcelas sobre os salários, o que
representa uma PLR entre R$ 600
e R$ 1.200.
Os funcionários rejeitaram a
proposta da Johnson durante a
assembléia realizada na empresa
e aprovaram novas paralisações,
enquanto não houver acordo.
Segundo um dos diretores do
Sindicato dos Químicos, Dirceu
Carlos Teixeira Paiva, os trabalhadores reivindicam um valor único
de PLR, para todos os funcionários, de aproximadamente
R$ 1.500.
Paiva afirmou que o pagamento
diferenciado é discriminatório
porque prevê maior repasse da
PLR para funcionários da direção
da empresa.
"Já demos nosso recado. E podemos paralisar tudo por tempo
indeterminado a qualquer momento", disse.
Os metalúrgicos também fizeram manifestações e atrasaram
ontem a entrada no trabalho em
duas horas para protestar contra a
falta de acordo com a Philips.
A empresa ofereceu R$ 1.518 de
PLR, com antecipação de R$ 910,
mas a proposta não foi aceita pelos trabalhadores.
Uma nova negociação deve
ocorrer às 10h de hoje. Os metalúrgicos reivindicam antecipação
de R$ 1.000 e segunda parcela de
R$ 800 até o final do ano.
O presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos de São José, Luiz
Carlos Prates, o Mancha, disse
que os trabalhadores podem decidir entrar em greve a partir de
amanhã, se não houver acordo
com a Philips hoje.
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