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SAÚDE
Número de suspeitas registradas em dois meses de 99 supera o ano passado; em 98 foram dois casos confirmados
São José tem 2ª morte por leptospirose
da Folha Vale
A Vigilância Epidemiológica de
São José divulgou ontem a segunda morte deste ano por suspeita de
leptospirose. Com isso, a cidade
tem, desde 1º de janeiro, oito casos
suspeitos da doença, provocada
pela bactéria leptospira.
O número de suspeitas já superou o registrado em 98, quando foram sete. Porém, no ano passado, a
cidade teve também duas confirmações de leptospirose, sem nenhuma morte.
Em Jacareí, duas pessoas também morreram, somando seis suspeitas.
Segundo a Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde de
São José, a pessoa que morreu por
suspeita de leptospirose era um
adolescente de 16 anos, morador
do bairro Vista Verde.
O caso e o meio de transmissão
estão sendo investigados por uma
equipe da secretaria para tentar
confirmar a doença. O bairro onde
morava o adolescente não apresentou ocorrências de inundação,
segundo a prefeitura.
A leptospirose é transmitida por
meio de água contaminada pela
urina de animais, principalmente
de ratos. O paciente tem um quadro infeccioso, com possível paralisação do funcionamento de órgãos, como fígado e rins.
Em fevereiro foi registrada a primeira morte. Segundo a Vigilância
Epidemiológica, um caminhoneiro, de 41 anos, morador do Bairrinho, teria contraído provavelmente a doença em São Paulo durante o
período de enchentes.
Os demais bairros com registros
de suspeitas são Nova Michigan,
Nova Detroit, Vila Nair, Limoeiro
e Dom Pedro.
Alerta
O diretor da DIR (Direção Regional de Saúde) de São José, José
Eduardo de Oliveira, afirmou que
o aumento dos casos suspeitos de
leptospirose em um período curto
se deve às chuvas.
"Este ano houve um aumento no
índice de chuvas. Acredito que na
Grande São Paulo também deverá
ocorrer um crescimento."
Oliveira descartou falha por parte das vigilâncias para o aumento
do número de casos. O diretor afirmou que está preocupado com a
possibilidade de ocorrer um número "exagerado" de casos.
Oliveira disse que as equipes da
vigilância vão tentar realizar diagnósticos e tratamento precoces. "A
demora na confirmação da doença
é provocada pela necessidade de
dois testes."
O diretor afirmou que a administração municipal deve acelerar os
trabalhos de limpeza de bueiros,
de retirada de entulhos e desassoreamento de córregos para evitar
novos problemas.
"É no barro que fica o agente
causador da leptospirose. A prefeitura tem que acelerar os trabalhos
de limpeza para evitar um crescimento no número de casos."
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