São José dos Campos, Sexta, 12 de fevereiro de 1999

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AVIAÇÃO
Empresa de São José fez ontem o pré-lançamento do ERJ-170 e ERJ-190, com capacidade para 70 e 90 lugares
Embraer investe US$ 750 mi em 2 modelos

da Folha Vale

A Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica), em São José, anunciou ontem o pré-lançamento de dois novos modelos de jatos regionais da linha ERJ -o 170 e o 190. Eles têm capacidade para 70 e 90 lugares, respectivamente.
Com investimentos de US$ 750 milhões no desenvolvimento dos dois projetos, a empresa prevê iniciar as primeiras entregas do ERJ-170 em 2002, desde que a decisão do início do programa ocorra no segundo trimestre de 99.
Quanto ao ERJ-190, a previsão é que a primeira unidade esteja pronta em 2004.
A Embraer acredita que nos próximos dez anos seja possível fechar negócios em torno de US$ 12 bilhões com vendas potenciais de exportação dos novos modelos, devendo gerar no período 3.000 empregos diretos no Brasil e a mesma quantidade fora do país.
A empresa também tem subsidiárias nos Estados Unidos, França e Austrália.
A decisão de lançar os dois novos modelos foi orientada por uma pesquisa que envolveu 46 companhias aéreas regionais. Elas representam 55% do mercado do setor.
A definição das características das novas aeronaves foi baseada em coletas de dados de empresas regionais norte-americanas, européias, sul-americanas e asiáticas. Os estudos indicaram demanda para jatos de 70 e 90 assentos.
O desenvolvimento do ERJ-170 visa atingir o nicho de aeronaves com 61 a 80 lugares. O avião terá uma cabine mais espaçosa que os jatos existentes atualmente. Serão duas fileiras com dois assentos cada uma e maior espaço entre os lugares.
Já o ERJ-190 busca atender o segmento de aeronaves com 81 a cem assentos, voltadas para o mercado de transportes regionais.
Por meio da assessoria de imprensa, o presidente da Embraer, Maurício Botelho, afirmou que os programas estão gerando interesse entre os operadores e fornecedores potenciais devido à concepção voltada para os clientes.
"A Embraer tem a oportunidade de consolidar a sua posição no mercado de aviação regional", disse Botelho por meio da assessoria.
Os valores dos novos modelos ainda não foram definidos.
A Embraer, que emprega 6.800 funcionários, já desenvolveu mais de 1.600 aeronaves projetadas para o mercado de aviação regional, entre aviões já entregues, pedidos firmes e opções de venda.
Outras 4.000 aeronaves foram entregues ao mercado de aviação militar e comercial.
No ano passado, a Embraer, privatizada em dezembro de 94, alcançou a posição de quarta maior exportadora do Brasil. Os investimentos em produtividade e desenvolvimento de produtos ultrapassaram US$ 500 milhões nos últimos quatro anos.



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