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Funcionários temem cortes
DA FOLHA VALE
O funcionário Marcelo Rosa,
26, que trabalha em um dos setores que serão atingidos pelas demissões voluntárias, disse que
não deve participar do programa,
mas teme ser afetado pelos cortes.
Rosa disse que os funcionários
têm se sentido inseguros e tensos
desde a semana passada, quando
surgiram os primeiros boatos sobre as demissões.
"A gente desconfiava que tinha
alguma coisa errada, mas pensávamos que era só boato. Agora é
sério e o clima na fábrica vai ficar
mais tenso", disse.
O metalúrgico José Almeida da
Silva, 25, que trabalha na produção de tubos, disse que, a partir
das demissões feitas pela Panasonic e da decretação de férias coletivas na LG de Taubaté, já desconfiava que a crise iria atingir também a LG.Philips.
Segundo ele, desde o início do
mês, a empresa vinha registrando
acúmulo de estoque.
Silva disse que não vê saída para
a crise e que, por isso, pode participar das demissões voluntárias.
"Eu fiz parte do corte de 400 trabalhadores em 98 e fui chamado
de novo. Eu confio que vou voltar.
A crise atinge todo mundo, não
há o que fazer", disse.
O metalúrgico Vagner Araújo
de Oliveira, 31, trabalha na seção
de finalização e funilaria dos tubos, a primeira, segundo ele, a ser
atingida pelas demissões. Oliveira
disse que teme que o seu setor seja
extinto sem que seja dada opção
pela demissão voluntária.
"Por mim, eu fico na empresa.
Se eu puder escolher, não quero
ficar desempregado de novo."
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