DA FOLHA VALE

O MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia) e a OMPI (Organização Mundial da Propriedade Intelectual) vão realizar, entre os dias 24 e 26 de julho, em São José dos Campos, o Seminário Internacional de Tecnologia, Inovação e Propriedade Intelectual na Economia Global.
O evento, que será realizado no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), terá representantes de outros países e organizações e será a primeira parceria entre o MCT e a OMPI para estimular a prática da proteção intelectual no Brasil.
Participarão do seminário, entre outros, os ministros Ronaldo Sardenberg (Ciência e Tecnologia), Geraldo Quintão (Defesa) e Alcides Tápias (Desenvolvimento). Pela OMPI, vai participar dos debates o seu diretor-geral-adjunto Roberto Castelo.
Apesar dos avanços tecnológicos registrados nos últimos anos no país, o Brasil continua com um baixo número de patentes internacionais registradas.
De acordo com dados da OMPI, 98% das patentes de países em desenvolvimento são geradas por apenas seis países -Coréia do Sul, China, África do Sul, Cingapura, Índia e Brasil. O número de patentes registradas pela Coréia do Sul, no entanto, é dez vezes superior ao registrado pelo Brasil.
No ano passado, a Coréia registrou 1.700 patentes internacionais, contra 161 do Brasil.
Para reverter essa situação, Sardenberg anunciou que pretende criar instrumentos para aumentar o total de patentes internacionais registradas pelo Brasil. Para isso, ele quer o apoio da OMPI numa série de atividades.
Sardenberg vai abrir o evento com uma palestra sobre a inovação e a propriedade intelectual definidas pela Política Nacional de Ciência e Tecnologia.
Em seguida, Castelo falará sobre a propriedade intelectual como uma estratégia de inovação na competitividade internacional.
Durante os dois dias do seminário, serão debatidos vários assuntos relacionados à proteção tecnológica, como o ambiente institucional da propriedade intelectual no Brasil e o papel dos núcleos institucionais de propriedade intelectual no país.
Além disso, também serão discutidas as políticas de proteção e licenciamento das tecnologias nas universidades e instituições públicas de pesquisas brasileiras.
Os principais produtores de tecnologias inovadoras no país estarão no evento, entre eles o CTA (Centro Técnico Aeroespacial), a AEB (Agência Espacial Brasileira), o Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual) e a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).


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