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MEIO AMBIENTE
Órgão quer documentação para Ubatuba, que obteve proibição
Promotor analisa instalação de antenas
da Reportagem Local
O promotor Roberto Carramenha, de São José, solicitou à Promotoria de Ubatuba informações e documentos sobre a liminar que impediu a construção de
uma antena de telefonia celular
no bairro Jardim Alice.
Os documentos servirão como
base na investigação aberta pelo
promotor de São José para analisar possíveis danos à saúde devido à radiação eletromagnética
não ionizante emitida pelas antenas no município.
Caso as investigações comprovem irregularidades, existe a
possibilidade de o promotor ingressar com uma ação civil pública para tentar impedir a instalação do equipamento.
Carramenha decidiu iniciar a
investigação após um requerimento apresentado pela vereadora Amélia Naomi (PT) na última sexta-feira.
A vereadora recebeu denúncias
de moradores da avenida João
Batista Soarez Queiroz, no Jardim das Indústrias. "Há moradores que usam marcapasso e moram próximos ao local."
Segundo o diretor da empresa
Enviromental Technologies, William Spates, portadores de marcapasso podem ter problemas de
saúde caso sejam submetidos a
índices médios de 50 microwatts
por centímetro quadrado.
Amélia afirmou que também
recebeu ajuda dos representantes da Associação Amigos do Alto da Praia Vermelha e Jardim
Alice, de Ubatuba. Nesse último
bairro, Spates detectou uma média de 60 microwatts por centímetro quadrado.
Colaboração
A promotora Elaine Taborda,
de Ubatuba, afirmou que já recebeu pedidos de outras cidades
para enviar os documentos da
ação. "Enviamos cópias para
Taubaté, Campos do Jordão, Caçapava, São Paulo e São José."
Segundo a promotora, o senador Eduardo Suplicy (PT) também se interessou pelo caso.
"Acho que conseguimos nosso
objetivo, que é ampliar o foco de
discussão sobre os problemas da
radiação para outras regiões."
O movimento dos moradores
de Ubatuba culminou com a
criação de um projeto de lei
aprovado por unanimidade pelos vereadores na última semana.
Em Caçapava, a Câmara também está estudando um projeto
do vereador José Mauro (PT),
que determina parâmetros para a
instalação das antenas. Segundo
ele, a medida foi baseada em uma
lei em vigor em Campinas.
Moradores da avenida Coronel
Alcântara também protocolaram
um requerimento contra a instalação das antenas.
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