da Folha Vale

O economista Gustavo Zimmermann acredita que as demissões no setor automobilístico vão continuar em 99 puxando ainda mais para baixo o nível de emprego.
"As previsões mais otimistas apontam um crescimento negativo do país de 1% em 99. Com o excesso de veículos, as demissões vão aumentar", disse.
Zimmermann disse que a queda do nível de emprego em 94 não pode ser comparada à atual. À época, o país não crescia devido à inflação de até 42% ao mês. Atualmente o índice mensal está em 1,33%.
"A crise internacional mostrou que o Plano Real precisa de ajustes e, para isso, o governo retirou da economia R$ 24 bilhões. Esse dinheiro não saiu do bolso das pessoas, mas da economia em geral, do mercado de capitais, o que reduziu os investimentos das empresas", disse.
O economista também acredita que a crise não será generalizada. No entanto, um bom resultado em determinado setor não influenciaria a economia do país.
O nível de automação também foi indicado por Zimmermann como responsável pelo aumento do desemprego. "No Brasil, infelizmente, não foi possível a criação de empregos que suprissem as dispensas que ocorreram devido à automação", disse.



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