DA REDAÇÃO

Os "centros de excelência" existentes nos pólos do interior foram responsáveis por alguns dos mais importantes "saltos tecnológicos" do país nos últimos anos.
O CPqD, antiga integrante da Telebras, em Campinas, por exemplo, desenvolveu a atual tecnologia utilizada em cartões telefônicos, em terminais de telefones públicos e na fibra óptica, que pode ser usada na transmissão de dados, voz e imagens.
O órgão, que hoje é uma fundação privada sem fins lucrativos, foi instalado na cidade em 76, devido à proximidade com o eixo Rio-São Paulo e à Unicamp. "Com o passar dos anos, empresas foram se fixando ao redor do CPqD, devido a essa capacidade tecnológica. Depois que houve a privatização, por exemplo, a Lucent se instalou por aqui", disse Paulo Xavier Filho, diretor de mercado internacional do centro.
A partir da década de 90, com a abertura de mercado, o CPqD passou a gerar tecnologia para ser transferido para a Telebras, se especializando então no segmento de telecomunicações.
Em São José, o CTA foi o responsável pelo desenvolvimento do primeiro projeto de um avião brasileiro, o Bandeirante. A partir daí, o órgão criou espaço para a implantação da Embraer.
Além disso, o CTA atua em pesquisas em diversas áreas de ciências, desenvolveu o primeiro motor a álcool e combustíveis para foguetes brasileiros e está na fase final de qualificação de seu veículo lançador de satélites (foguete).
O Inpe, também em São José, se destaca no desenvolvimento de satélites. O instituto foi o responsável pela família SCD (Satélite de Coleta de Dados) e pelo CBERS, em parceria com a China. "Nosso próximo grande pulo será o primeiro satélite de sensoriamento remoto, totalmente nacional, que permitirá coletar imagens da devastação na Amazônia com maior frequência", disse o diretor-substituto do Inpe, Volker Kirchhoff.
O Inpe e o CTA integram o projeto da EEI (Estação Espacial Internacional), da qual também participa o primeiro astronauta brasileiro, Marcos César Pontes, que passa por treinamento.


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