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Universidades têm R$ 2 bi da verba de pesquisa e ensino em São Paulo
DA REDAÇÃO
Do total de R$ 2,6 bilhões que o
Estado de São Paulo pretende gastar neste ano com pesquisa e ensino superior, R$ 2 bilhões vão ficar
com as universidades paulistas
USP (Universidade de São Paulo),
Unicamp (Universidade Estadual
de Campinas) e Unesp (Universidade Estadual Paulista).
Do restante, cerca de R$ 40 milhões vão para o IPT (Instituto de
Pesquisas Tecnológicas), outros
R$ 140 milhões, para a Rede Paula
Souza e cerca de R$ 250 milhões
destinam-se à Fapesp (Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado
de São Paulo).
Os valores foram divulgados pelo secretário da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento do Econômico do Estado de São Paulo, José
Anibal Peres de Pontes.
Segundo ele, as universidades
utilizam 20% da verba (cerca de
R$ 400 mil) para a pesquisa.
Fapesp
A verba para a Fapesp é de 1%
da receita tributária do Estado. De
acordo com a assessoria de imprensa da Fapesp, a fundação ainda dispõe de rendimentos do seu
patrimônio.
Neste ano, de acordo com a previsão do secretário José Anibal, a
Fapesp deve receber cerca de R$
250 milhões.
No ano passado, segundo o assessoria da Fapesp, o investimento total da fundação foi de R$ 542
milhões.
Os recursos foram aplicados em
três categorias: R$ 199,1 milhões
distribuídos entre os 13 programas especiais que a fundação
mantém. Outros R$ 168 milhões
foram destinados a bolsas e R$
175,3 milhões, encaminhados a
auxílio à pesquisa.
Segundo a assessoria, projetos
de pesquisa desenvolvidos por
pesquisadores vinculados à USP
consumiram a maior parte do bolo: R$ 231,9 milhões. Já os projetos
de cientistas ligados à Unicamp
levaram R$ 76,2 milhões e à
Unesp, R$ 72 milhões.
Outros projetos de pesquisadores beneficiados estavam ligados a
institutos federais, estaduais e
municipais de pesquisa, institutos
particulares de ensino, pessoas físicas, empresas particulares e sociedades e associações de cientistas. Esse grupo ficou, no ano passado, com um total de R$
138.712.800.
Centros de Excelência
Com R$ 15 milhões de investimento para este ano, a Fapesp
lançou, no último dia 14, o novo
programa especial que criou dez
centros de excelência em pesquisa: os Cepid (Centro de Pesquisa,
Inovação e Difusão).
O processo de seleção dos grupos de pesquisas que deveriam receber o financiamento teve início
em outubro de 1998.
Os contemplados foram seis
núcleos da capital, além de um da
UFSCar, um da USP de Ribeirão,
um da USP de São Carlos e um da
Unicamp. Os novos centros podem receber de R$ 300 mil a R$ 2
milhões anualmente, com contratos iniciais de cinco anos, renováveis por mais dois períodos de
três anos. Após 11 anos, eles devem ser auto-sustentáveis.
A assessoria também informa
que o dinheiro não poderá ser
usado na construção de prédios
ou anexos.
Seleção
De acordo com a assessoria de
imprensa, em outubro de 1998, teve início a seleção de 30 propostas
entre 112 candidatos.
Os coordenadores de 30 núcleos
escolhidos foram chamados para
detalhar suas propostas que foram analisadas por uma banca
com 150 especialistas de diferentes países.
Eles escolheram os dez finalistas
no fim do ano passado. A lista oficial dos escolhidos foi divulgada
no último dia 14.
Segundo a assessoria de imprensa, o processo de seleção exigia propostas claras sobre como
será realizada a transferência das
inovações produzidas pelos centros para a sociedade. Também
exigia que setores produtivos público e privado fossem beneficiados. Outro requisito, segundo o
assessor, era o quanto ao projeto
de educação, que deveria descrever como será feita a difusão do
conhecimento.
Programas especiais
Além dos Cepids, a Fapesp tem
outros 12 programas especiais.
O Apoio a Jovens Pesquisadores, criado em 1995, é dedicado
aos doutores que finalizaram seus
estudos para incentivá-los a permanecer no mercado do Estado.
O Programa de Melhoria no Ensino, voltado ao ensino público,
financia pesquisas para promover
melhorias no ensino fundamental
e médio da rede pública estadual e
o Pró-Ciências.
Há ainda a Rede ANSP, que dá
suporte ao funcionamento da Internet no Brasil, além dos seguintes programas: Biota (Instituto
Virtual da Biodiversidade); Incentivo ao Jornalismo Científico;
Pesquisas em Políticas Públicas;
ProBE (Programa Biblioteca Eletrônica); Programa Genoma-Fapesp; Capacitação Técnica; SciELO (Scientific Electronic Library
Online), Web of Science e o Derwent Innovations Index.
(LD)
Colaborou Carolina Alves, da Folha
Ribeirão
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