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MECÂNICA DE AERONAVES
Sonho de encanador, aluno do Cephas, é trabalhar na Embraer
DA REDAÇÃO
Vitor Emanuel Ramos Duque,
18, é um dos alunos da primeira
turma do curso de mecânica de
aeronaves do Cephas de São José.
Filho de uma enfermeira e de
um encanador, com quem trabalha, Vitor sempre quis ser piloto
de aviões. Já fez provas duas vezes
na Escola de Especialistas de Aeronáutica, em Guaratinguetá, para tentar a carreira de sargento especialista, mas não passou.
Além disso, diz ser impossibilitado de pilotar um avião porque
"cresceu mais do que deveria"
(tem 1,76 m), o que ocasionou
problemas na coluna e no joelho,
que, segundo ele, podem ser agravados com a pilotagem. Isso sem
falar no desvio de septo nasal.
"Com o curso de mecânica de
aeronaves, vou poder conviver
com aviões, o que eu gosto. Meu
sonho, como o da maioria que está aqui, é trabalhar na Embraer.
Quero entrar lá por mérito", diz.
Vitor aponta as aulas sobre propulsão como as preferidas.
"É muito bom olhar para um
motor e entender como é que
aquilo consegue impulsionar
uma avião daquele tamanho."
Segundo ele, foi sua mãe quem
viu na televisão os anúncios sobre
o concurso do Cephas e o avisou.
Ao ser aprovado no concurso,
ouviu o pai, que também já havia
tentado a escola de Guaratinguetá, dizer, orgulhoso, que filho estava fazendo exatamente o que ele
havia tentado aos 20 anos.
Vitor trabalha com o pai nos
serviços de encanamento de manhã, o que lhe rende R$ 150 a R$
200 por mês. Entre 13h30 e 17h50,
estuda no Cephas. "Mas nós estamos negociando com o professor
pra ver se ele pode dar um reforço
aos sábados."
Quanto ao salário que pretende
ganhar, se for igual ao de um vizinho, que trabalha na Vasp por R$
1.500, está bom. "Mas sempre é
bom melhorar, não é?"
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