São José dos Campos, Sexta-feira, 27 de Julho de 2001

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NO ESCURO
Empresa de telecomunicações diz ter demitido em razão da crise de energia elétrica; Nestlé culpa o mercado
Daruma demite 70, e Nestlé dispensa 30

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A empresa Daruma Telecomunicações, de Taubaté, anunciou ontem que vai demitir 13% do seu efetivo total -cerca de 70 funcionários- devido à crise provocada pelo racionamento de energia.
A empresa tem cerca de 500 funcionários e fabrica aparelhos de telefonia pública. Seus principais clientes são as operadoras de telefonia.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté realizou uma assembléia com os operários, ontem à tarde, para votar uma paralisação até que a empresa aceitasse rever as demissões, mas os trabalhadores rejeitaram a proposta e decidiram continuar trabalhando.
Segundo o analista de pessoal da empresa, Carlos Roberto Umbelino, as demissões são necessárias devido à redução das vendas registrada desde o início da crise de energia elétrica. "Nossas vendas caíram e não temos nenhuma previsão de retomada, por isso fomos obrigados a fazer essa reestruturação", disse.
Segundo ele, algumas demissões já foram feitas na gerência da empresa. "Já nos reunimos com o sindicato para negociar a situação. Todos na empresa já sabem das dificuldades pelas quais estamos passando."

Alimentação
Em Caçapava, a fábrica de chocolates Nestlé, com cerca de 1.400 funcionários, demitiu 30 operários que trabalhavam no setor de embrulhadoras.
Segundo a assessoria da Nestlé, as demissões não estão relacionadas à crise de energia elétrica. A empresa disse que as dispensas foram uma alternativa encontrada para fazer uma "adequação à retração do mercado".
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação de Taubaté, Adilson Alvarenga, disse acreditar que a empresa vá extinguir o terceiro turno de trabalho e demitir aproximadamente 200 trabalhadores. A Nestlé não confirmou a informação.
Desde o início da crise energética, várias empresas demitiram na região, mas a Daruma foi a primeira a demitir em Taubaté.


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