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NO ESCURO
Empresa de telecomunicações diz ter demitido em razão da crise de energia elétrica; Nestlé culpa o mercado
Daruma demite 70, e Nestlé dispensa 30
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A empresa Daruma Telecomunicações, de Taubaté, anunciou
ontem que vai demitir 13% do seu
efetivo total -cerca de 70 funcionários- devido à crise provocada pelo racionamento de energia.
A empresa tem cerca de 500
funcionários e fabrica aparelhos
de telefonia pública. Seus principais clientes são as operadoras de
telefonia.
O Sindicato dos Metalúrgicos
de Taubaté realizou uma assembléia com os operários, ontem à
tarde, para votar uma paralisação
até que a empresa aceitasse rever
as demissões, mas os trabalhadores rejeitaram a proposta e decidiram continuar trabalhando.
Segundo o analista de pessoal
da empresa, Carlos Roberto Umbelino, as demissões são necessárias devido à redução das vendas
registrada desde o início da crise
de energia elétrica. "Nossas vendas caíram e não temos nenhuma
previsão de retomada, por isso fomos obrigados a fazer essa reestruturação", disse.
Segundo ele, algumas demissões já foram feitas na gerência da
empresa. "Já nos reunimos com o
sindicato para negociar a situação. Todos na empresa já sabem
das dificuldades pelas quais estamos passando."
Alimentação
Em Caçapava, a fábrica de chocolates Nestlé, com cerca de 1.400
funcionários, demitiu 30 operários que trabalhavam no setor de
embrulhadoras.
Segundo a assessoria da Nestlé,
as demissões não estão relacionadas à crise de energia elétrica. A
empresa disse que as dispensas
foram uma alternativa encontrada para fazer uma "adequação à
retração do mercado".
O presidente do Sindicato dos
Trabalhadores da Alimentação de
Taubaté, Adilson Alvarenga, disse
acreditar que a empresa vá extinguir o terceiro turno de trabalho e
demitir aproximadamente 200
trabalhadores. A Nestlé não confirmou a informação.
Desde o início da crise energética, várias empresas demitiram na
região, mas a Daruma foi a primeira a demitir em Taubaté.
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