da Folha Vale

As estatísticas da Polícia Militar de Caraguatatuba mostra que o número de registros de ocorrências violentas, com exceção dos homicídios, caiu até outubro deste ano em relação ao mesmo período de 98.
A aparente boa notícia, no entanto, pode estar escondendo os números reais, já que o comando da corporação admite a falta de pessoal para o litoral norte.
A falta de estrutura é explícita também na Polícia Civil de Caraguá -apenas um dos dois distritos está instalado.
Uma equipe de três investigadores que vão às ruas responde pelos cerca de 5.700 boletins que foram registrados neste ano.
"Nosso pessoal se desdobra, mas quando uma pessoa faz o trabalho que caberia a três, todo o atendimento fica comprometido", afirma o delegado Alexis Couto de Brito.
Sem resposta para as queixas, a população, principalmente os turistas, estaria preferindo desistir de chamar a polícia.
O número de furtos no período, por exemplo, caiu de 398 para 287 registros.
O de roubos passou de 201 para 181 registros no mesmo período.
Mais significativos, por serem de notificação compulsória e exigirem o registro policial, os números de homicídios e de apreensões de armas não sofrem a mesma involução.
Morreram de forma violenta até outubro 29 pessoas -no ano passado foram 26 casos.
O número de armas apreendidas quase se manteve. Foram 68 em 98. Neste ano, foram 69.


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