da Folha Vale

A unidade da Nestlé, em Caçapava, adotou ontem sistema de entrega de mercadorias 24 horas para regularizar a distribuição dos produtos que estavam "encalhados" na fábrica devido ao protesto dos caminhoneiros.
A medida, adotada para permitir o escoamento das 440 toneladas de produtos acumulados, deverá possibilitar a regularização da situação até a próxima terça.
A produção não foi afetada pela greve, segundo a assessoria da empresa. Quinze carretas, equivalentes a um carregamento de 371 toneladas e carregadas com itens que variam de balas e chocolates a produtos distribuídos a restaurantes, são destinadas à entrega direta para revendedores.
As outras 69 toneladas -oito carretas- produzidas na unidade Caçapava CPW, que fabrica cereais matinais, serão enviadas aos centros de distribuição da Nestlé no Estado de São Paulo.

Trigo
A farinha de trigo foi um dos itens em falta em algumas cidades do Vale do Paraíba.
Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação da região, Sérgio Luiz Ivo, a ausência do produto não chegou a comprometer a fabricação de pães ou bolos e outros derivados.
"Em alguns casos, as padarias tiveram que dividir o trigo para poder trabalhar. Já entrei em contato com alguns moinhos e a situação estará toda normalizada na próxima segunda-feira", disse o presidente.
De acordo com Ivo, os estabelecimentos adquirem farinha para fazer estoque por duas semanas, no máximo.
"Como o período de greve foi pequeno, os transtornos não foram tão grandes", afirmou.



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