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SLS AMG 'sem teto' chega por R$ 965 mil Modelo traz reforços na estrutura e o mesmo conjunto mecânico da versão cupê; capota tem acionamento elétrico RICARDO RIBEIROENVIADO ESPECIAL A PIRACICABA (SP) Sob um sol escaldante, o capô branco brilhava mais que as luzes natalinas da avenida Paulista. O asfalto fervia, mas não foi preciso ligar o ar-condicionado: o vento se encarregou de aliviar o calor e embaralhar os cabelos. Bem-vindo ao SLS AMG Roadster, versão conversível do modelo mais potente da Mercedes e que a reportagem da Folha dirigiu em um autódromo em Piracicaba (160 km de São Paulo). A mecânica é quase a mesma do cupê: motor 6.3 V8 de 571 cv de potência e 66 kgfm de torque. A tradução dos números aparece na primeira pisada no acelerador, quando o corpo do motorista é arremessado contra o banco e um ronco grave amolece até os mais insensíveis corações. BORBOLETAS No autódromo, o modelo atingiu 180 km/h em poucos segundos. O câmbio automatizado de sete marchas é rápido e suave. Trocas manuais são feitas por borboletas localizadas atrás do volante. Há ainda a função Race Start, que entrega o máximo de tração e garante arrancadas vigorosas. Como não há teto, o conversível recebeu reforços na estrutura, caso de ligas de alumínio na carroceria. O Roadster mantém a direção precisa e o comportamento dinâmico do cupê. O habitáculo oferece uma posição de guiar esportiva, que permite perceber todas as reações do carro. O acerto da suspensão de braços duplos e o centro de gravidade baixo entregam conforto no asfalto liso e segurança em curvas fechadas. É um típico esportivo alemão. A eletrônica corrige descuidos e abusos do motorista, dificultando a perda de rumo. Os discos de freio do tamanho das rodas do Fiat Palio cravam o esportivo no chão como âncora. Os de cerâmica são opcionais. O Roadster compartilha as linhas imponentes do cupê e a inspiração no 300 SL de 1954: grade ampla, capô bem longo e traseira curta. O curioso é que o conversível é mais discreto que seu "irmão", pois não há nada mais impactante que as portas asa de gaivota do cupê abertas para cima. No Roadster, elas cederam lugar para a capota de tecido, que é recolhida em 11s e com o carro rodando a até 50 km/h. O interior tem elementos inspirados em aeronaves e acabamento requintado, com couro Designo (a pele é tratada para ganhar maciez). As abas pronunciadas dos bancos seguram o corpo nas manobras mais ousadas. THELMA E LOUISE O pacote da Mercedes para o Brasil inclui câmera de ré, leitor de DVD com tela no console central, som Bang & Olufsen e sistema Race Time no painel, que marca o tempo das voltas na pista, como em bólidos de corrida. O SLS AMG Roadster chega às concessionárias neste mês por US$ 515 mil -o equivalente a R$ 965 mil. É o modelo mais caro da marca no país. Se o comprador quiser personalizá-lo, terá de esperar seis meses pela entrega. Só não dá para abusar do acelerador. Em um carro de 571 cv, a turbulência do vento é tamanha que nem a dupla Thelma e Louise aguentaria. - Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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