Reparo de para-brisa evita gastos com troca

De São Paulo

Atire a primeira pedra quem nunca teve o para-brisa atingido por uma. Pode ser uma pequena que escapou do caminhão à frente ou um galho arremessado pelos temporais dos últimos dias.

O reparo ou substituição do vidro não é algo complicado, mas deve ser feito rapidamente para evitar maiores estragos. A técnica mais eficaz preenche a rachadura com uma resina.

"A trinca é cuidadosamente perfurada com uma broca. Sobre o furo, é acoplado o equipamento que gera um vácuo e injeta a resina na falha", explica Kleber Carreira, diretor da Autoglass.

Uma lâmpada que emite luz ultra-violeta é usada na secagem. O processo é semelhante à restauração bucal feita por dentistas, e a resina usada no para-brisa é transparente.

De acordo com resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), o para-brisa de carros de passeio não pode ter danos superiores a 10 cm de comprimento (lineares) ou quatro cm de diâmetro (circulares).

As fraturas não podem estar a menos de 2,5 cm das bordas do para-brisa e nem na área crítica de visão do condutor (metade esquerda da região de varredura das palhetas do limpador). Desrespeitar a norma é infração grave, sujeita a perda de cinco pontos na CNH, R$ 127,69 de multa e apreensão do veículo.

"O reparo das trincas lineares é mais complexo, mas também pode ser feito. Cada caso requer uma avaliação técnica", diz Waldir Thomé Filho, proprietário da Clínica do Para-Brisa.

QUEBRA

O serviço não deve ser adiado. "Com o tempo, a trinca acumula sujeira, o que prejudica o conserto", alerta Filho. E as fissuras podem crescer, levando à quebra do vidro com o carro em movimento.

O serviço dura cerca de 30 minutos e parte, em média, de R$ 80. As oficinas só fazem o reparo dentro das medidas estabelecidas pelo Contran. Nos outros casos, é necessária a substituição do para-brisa.