Excesso de itens eletrônicos a bordo prejudica a bateria

Som, DVD, telefone, GPS e até geladeira portátil. Há cada vez mais equipamentos para plugar no carro. Encher o veículo de traquitanas, porém, pede atenção à parte elétrica para evitar panes.

"O sistema elétrico é dimensionado na fábrica a partir dos itens originais do carro. Quando o veículo recebe acessórios, é preciso verificar a capacidade do alternador. É esse componente que fornece a energia necessária para os equipamentos funcionarem após a partida", explica Marcelo Berto, técnico da Heliar Baterias.

O alternador é responsável por gerar a corrente elétrica com o veículo em funcionamento. Já a bateria armazena uma certa quantidade de energia para dar a partida.

CONSUMO BÁSICO

Um carro "popular", em geral, tem alternador de 50Ah (amperes) e bateria de 45Ah. É o suficiente para um modelo básico: ele precisa de, aproximadamente, 30Ah para funcionar. Mas a instalação de vidros elétricos, ar-condicionado e sistema de som, por exemplo, faz o consumo chegar a 70Ah.

Quando a demanda por energia é incompatível com a capacidade do sistema, o carro pode apresentar falhas de funcionamento.

"Caso o motorista ligue aparelhos demais e o alternador não suporte a carga extra, não haverá fornecimento suficiente de eletricidade para recarregar a bateria. Se essa situação se prolongar, chegará ao ponto de não haver energia acumulada para movimentar o motor de partida e ligar o veículo", explica Thiago Dantas, engenheiro da Baterias Moura.

Quando os equipamentos elétricos são ligados com o carro parado, a energia utilizada vem da bateria.

"Um GPS, por exemplo, pode consumir até 1.000 mA (miliamperes), ou mais, enquanto o recomendado é 30 mA. Caso o veículo precise ficar constantemente parado e com os acessórios ligados, é interessante trocar a bateria por outra de maior capacidade", diz Dantas.