Compass chega para por à prova o prestígio da Jeep

A grade frontal com sete aberturas está lá. As quatro letrinhas que melhor traduzem o universo off-road, também: Jeep. Por trás da logomarca reluzente na ponta do capô, há um utilitário de tração dianteira e suspensão macia chamado Compass.

A novidade chega ao Brasil cinco anos após o lançamento nos EUA. Sua pretensão é conquistar o público que hoje possui modelos como Honda CR-V (cuja nova geração estreia este mês), Hyundai ix35, Kia Sportage e Chevrolet Captiva. Eles serão bem atendidos pelo Jeep que não é jipe.

O motor 2.0 16v (156 cv) e o câmbio automático CVT (continuamente variável) são um convite para passeios sem pressa. Esse utilitário urbano fabricado em Illinois (EUA) roda em silêncio, faz curvas com dignidade e recebe bem cinco ocupantes. Contudo, por R$ 99,9 mil, não oferece muito mais que os concorrentes. Seus diferenciais são os seis airbags e o prestígio da marca Jeep.

Diante dos oponentes fabricados no México e isentos de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), o Compass se torna caro. O Chevrolet Captiva, por exemplo, custa R$ 96,7 mil na versão V6 com tração dianteira.

CARRO DE PASSEIO

A cabine é discreta, apesar de alguns detalhes cromados. A funcionalidade característica da Jeep está presente nos plásticos pretos do painel, resistentes a riscos, e no estofamento de tecido cinza. Não há forração de couro, nem como opcional.

A simplicidade combina com aventuras fora de estrada, mas é bom não arriscar. O Compass não tem as capacidades do Wrangler ou da linha Cherokee, pois deriva de um carro de passeio norte-americano.

"A plataforma é exatamente a mesma que foi usada no Dodge Caliber. Grosso modo, o que muda é a casca", explica Fábio Moro, engenheiro do grupo Chrysler.

Isso só será problema para quem deseja um jipe de verdade. Aos que só querem um carro mais parrudo para o asfalto, está de bom tamanho.