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Preços de carros caíram pouco nos primeiros dias após redução do IPI

Descontos eram oferecidos desde fevereiro para reduzir estoques; compra exige planejamento

Consultas nas revendas de automóveis novos mostra que a redução real de valores ainda é inferior a 3%

Ivan Ribeiro/Folhapress
As redes concessionárias já trabalham com as novas tabelas de preço
As redes concessionárias já trabalham com as novas tabelas de preço

RICARDO RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) volta a ser o grande atrativo para quem deseja comprar um automóvel novo. Mas é preciso atenção.

Nos primeiros dias após a medida, anunciada pelo governo na segunda-feira, a Folha procurou diversas lojas nos principais mercados do país. Os valores informados eram praticamente os mesmos da semana anterior.

"Nosso preço já estava agressivo, em alguns casos até menor que os valores da nova tabela. A diferença quase não vai existir", afirma Gilmar Santos, vendedor da concessionária paulistana Ford Mix.

Na prática, as novas tabelas oficializaram os valores que já vinham sendo oferecidos -devido à queda nas vendas, as revendas vêm dando descontos desde fevereiro. De acordo com o levantamento feito pela reportagem, a redução real de preços é inferior a 3% (veja quadro na pág. 2).

"Há revendas que não irão mexer no preço para recuperar parte do lucro que foi perdido com os descontos", disse o gerente de uma loja da capital paulista que preferiu não se identificar.

A medida está prevista para durar até 31 de agosto, mas há possibilidade de prorrogação, como ocorreu em 2009.

"Se as metas não forem atingidas, não tem sentido o preço voltar a subir", opina o economista Fernando Lima.

No mercado de usados, que também sofre com a queda nas vendas, as mudanças dividem opiniões.

Para George Assad Chahade, presidente da Assovesp (Associação dos Revendedores de Veículos Automotores no Estado de São Paulo), as medidas incentivam o consumidor a partir para o zero-quilômetro assumindo dívidas altas demais, o que pode levar à inadimplência.

"A facilidade para financiar um carro novo induz um consumidor despreparado economicamente a participar do mercado", afirma Chahade.

Já Marcus Tadeu Santin, gerente da Zaidan Automóveis, espera que as vendas voltem a crescer. "Baixando o preço do carro novo, baixa também o do usado. A aquisição fica mais fácil e atraente", diz.

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