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Conforto é notável, mas faltam itens presentes na concorrência

DE SÃO PAULO

Na saída para o teste, o técnico da montadora japonesa dá a primeira instrução: "Basta um toque no botão para dar a partida no motor".

O motorista de um dos Lexus faz sinais com a mão, tentando avisar que o veículo falhara na partida. Sorridente, o técnico se aproxima do carro e pede para o condutor abaixar os vidros. "O motor já está ligado, senhor. Como quase não há trepidação ou ruído, é comum as pessoas estranharem no começo."

A cena aconteceu em um sedã médio IS300, cujo preço parte de R$ 218 mil. Ele é o modelo mais acessível da marca, que antes oferecia seus produtos em catálogos disponíveis nas concessionárias Toyota. Os Lexus eram vendidos sob encomenda.

O IS300 é a opção mais interessante da gama. Tem motor V6 (3.0) de 231 cv e direção de reações bastante diretas. O acerto da suspensão merece elogios: esse Lexus é tão macio quanto o Mercedes C250 e é estável como o BMW 335i.

O acabamento interno do carro revela a obsessão da marca pelo conforto -o tapete é tão felpudo que dá vontade de sentar no assoalho.

SEM OPCIONAIS

O problema é que o IS300 não oferece equipamentos comuns ao segmento, entre eles o ACC (controle de velocidade adaptativo) e o navegador por GPS incorporado ao painel.

Esses itens também estão ausentes no utilitário esportivo RX350. Com porte e faixa de preço próximos ao do Audi Q7 (R$ 300 mil), o jipão de luxo da Lexus deve responder por 40% das vendas da marca no Brasil. Em uma primeira volta, destacou-se pela maciez ao rodar.

Mais dois veículos serão importados regularmente: os sedãs LS 460 L (R$ 615 mil) e ES350. O segundo chega em novembro e ainda não tem preço definido.

A Lexus, que até 2010 liderava a categoria luxo nos EUA, espera abocanhar 10% dos segmentos em que competirá no Brasil. O mercado de automóveis de alto padrão está crescendo no país. Em 2011, foram emplacados 44 mil carros premium, volume três vezes maior do que em 2008.

(FN)

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