Foco

Táxis elétricos em São Paulo devem virar atração turística, diz associação

O carro elétrico chega à capital paulista como táxi. As duas primeiras unidades começam a circular amanhã, saindo do ponto entre a avenida Paulista e a rua da Consolação, no centro financeiro.

Para Ricardo Auriemma, presidente da Adetax (associação das empresas de táxis de frota), os veículos devem virar atração turística, já que irão despertar a curiosidade de muita gente. "É uma tecnologia nova, que difere o carro de qualquer outro", diz.

O taxista José Nunes, 67, concorda. "O painel digital mostra toda a operação de funcionamento do motor, parece uma nave espacial. Além disso, a sensação de rodar em um carro que não faz barulho nem polui o ambiente é simplesmente maravilhosa."

Nunes foi selecionado para ser um dos motoristas do táxi "verde", um projeto piloto fruto de parceria entre a prefeitura, a Eletropaulo e a Nissan.

Pelo acordo, a companhia de energia fica responsável pelo abastecimento dos veículos -foram criadas 15 estações de recarga pela cidade. Já a montadora cedeu os carros. Serão 10 até outubro. Cada unidade custa R$ 200 mil, mas o modelo não está à venda.

Foi a Nissan que treinou os taxistas para operar o carro japonês. O hatch roda cerca de 160 km com uma carga.

"Aprendemos até a otimizar a energia. Se ela acabar no caminho? Paramos em um posto de combustível e pedimos uma tomada emprestada", brinca Nunes. Recarregar o Leaf leva 8 horas.