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Lojistas têm dificuldade para aprovar parcelamento

Federação dos revendedores afirma que bancos estão muito exigentes

Setor também sofre as consequências da valorização imobiliária, com aluguéis cada vez mais elevados

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A dificuldade para aprovar financiamentos é o maior problema que os lojistas enfrentam hoje.

"O mercado começou a mudar no final do ano passado, quando a inadimplência chegou a 14% no setor. Hoje há crédito, mas as exigências para obtê-lo passaram a ser maiores. Os bancos pedem pelo menos 20% de entrada e, de dez propostas de financiamento, só duas ou três são aprovadas", afirma Ilídio Gonçalves dos Santos, presidente da Fenauto (federação das associações de revendedores de veículos).

Segundo Gonçalves, o preço dos usados caiu entre 10% e 15% após o corte temporário do IPI para os carros zero-quilômetro. Ele diz que esse fato, somado à queda nas vendas, levou ao fechamento de lojas.

"Cerca de 4.500 lojas independentes foram fechadas no Brasil neste ano, o que representa um décimo dos estabelecimentos do ramo", diz o presidente da Fenauto.

As revendas também sofrem as consequências da valorização imobiliária, com aluguéis cada vez mais caros.

Na capital paulista, pontos tradicionais como o das avenidas Eliseu de Almeida (zona oeste) e Anhaia Melo (zona leste) também sofrem com a atual situação.

"As revendas menores tendem a fechar, porque o negócio se torna insustentável. As tradicionais ainda aguentam a situação, pois têm clientes fiéis. A queda no faturamento foi de 20% a 25%, e o que mais vemos nessas regiões são lojas pequenas com placas de venda ou proprietários colocando o ponto para alugar", afirma.

INCENTIVOS

Gonçalves acredita que o mercado deverá retomar o fôlego assim que o consumidor se adequar à nova realidade dos financiamentos e passar a fazer reserva financeira para dar uma entrada maior.

"Dependemos também de incentivos do governo. Estamos em conversas, pois não dá para virar as costas para um segmento que vende quase nove milhões de veículos ao ano", conclui.

(RL)

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