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Lexus RX 350 oferece luxo e suavidade, mas dispensa tecnologia

SUV japonês tenta compensar a ausência de itens como GPS com rodar macio e silencioso

DE SÃO PAULO

Com a chave inteligente no bolso, o motorista precisa apenas tocar na maçaneta para destravar as portas do Lexus RX 350. No mesmo instante, o assento do condutor recua alguns centímetros automaticamente para facilitar o acesso à cabine forrada de couro bege e iluminada por LEDs.

Devidamente acomodado no banco com aquecimento, chega o momento de o motorista apertar o botão de partida para despertar o motor 3.5 V6 (277 cv). Os níveis de ruído e de trepidação são tão baixos que se chega a ter dúvida se o carro está ligado.

Em movimento, a maciez do Lexus lembra a dos aristocráticos sedãs da Bentley. Os tapetes felpudos que recobrem o assoalho, também.

EQUIPAMENTOS

Até aqui, tudo bem. Os problemas do RX 350 começam no momento de avaliar o que ele oferece de equipamentos e de compará-lo aos concorrentes. Em sua faixa de preço (custa R$ 298 mil), é possível encontrar outros SUVs (utilitários esportivos) de igual prestígio, maiores e bem mais equipados.

É o caso do recém-lançado Mercedes ML 350 (306 cv), que custa R$ 335 mil e traz sistema multimídia com acesso à internet, GPS e faróis direcionais (acompanham o movimento do volante para iluminar melhor as curvas).

O Lexus traz o trivial para o segmento: câmera de ré, sensores de estacionamento, tampa traseira com abertura elétrica e bancos e volante com ajustes elétricos.

O kit multimídia também está lá, mas os gráficos monocromáticos dos menus não combinam com o visual moderno do jipão.

A lista de itens de segurança é mais longa: controle eletrônico de estabilidade, dez airbags e apoios de cabeça dianteiros que se movem eletricamente para frente caso o carro sofra uma batida na traseira, evitando o movimento brusco do pescoço.

TRAÇÃO INTEGRAL

Como todo utilitário, o Lexus tem suspensão elevada. Mas a altura do carro em relação ao solo é compensada pela tração integral inteligente, que distribui até 50% do torque para as rodas traseiras caso haja perda de aderência no eixo dianteiro.

O RX 350 compartilha a parte mecânica e a plataforma com o sedã Toyota Camry -os carros têm comportamento similar.

O peso do Lexus reflete negativamente no consumo de gasolina: médias de 6,8 km/l na cidade e de 10,8 km/l na estrada, registradas no teste Folha-Mauá. Há até um mostrador que estimula o motorista a guiar de forma mais econômica, mas não faz milagres.

(FELIPE NÓBREGA)

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