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Ar-condicionado precisa de higienização

Após muito tempo sem uso, sistema de refrigeração em geral acumula fungos e bactérias nos dutos de ventilação

Perda da capacidade de gelar o interior do carro pode indicar vazamento de gás ou problemas no compressor

DE SÃO PAULO

O marcador de temperatura no painel do carro registra 31°C, e a tarde mal começou. Ao redor, motoristas fecham as janelas e ligam os aparelhos de ar condicionado -alguns sem funcionar há semanas. Tal situação, comum nos primeiros dias de calor, esconde riscos à saúde.
"Quando o ar-condicionado permanece sem uso por muito tempo, os dutos se transformam em um ambiente propício para a proliferação de bactérias, ácaros e fungos", diz Marcos Amorim, proprietário da oficina Amorim Peças e Serviços. "Ao acionar o sistema novamente, os microorganismos vão parar na cabine e podem causar problemas respiratórios."
Portanto, após longo tempo de inatividade, o sistema de ar condicionado deve passar pelo processo de higienização, com troca do filtro de cabine, também conhecido como filtro antipólen.

LIMPEZA
O método mais simples é a aplicação de produto bactericida, encontrado no mercado em forma de spray. O serviço demora cerca de 40 minutos e custa, em média, R$ 120 nas oficinas especializadas. A aplicação dispensa a desmontagem do painel.
Em alguns casos, é preciso executar um serviço mais extenso. "Se o mau cheiro no sistema é persistente, pode haver um pequeno animal morto dentro dos dutos. É algo mais comum do que se imagina. A melhor solução é desmontar parte do conjunto para checar o defeito", explica Marcus Renato Silva, da KM555 Car Care Systems.
A melhor forma de evitar problemas com o ar-condicionado é fazê-lo funcionar semanalmente, mesmo que não esteja quente. Além de evitar a formação de colônias de fungos, o uso regular mantém lubrificados os componentes do conjunto.
"O gás refrigerante utilizado no equipamento traz uma substância lubrificante em sua composição. É esse composto que evita o ressecamento de borrachas e selos do sistema", diz Marcus Renato.
E componentes ressecados resultam em vazamentos de gás. O primeiro sintoma é a diminuição da capacidade de refrigerar a cabine. Com o tempo, o ar-condicionado para de funcionar.
"É normal que ocorram vazamentos depois de dois ou três anos de uso. Para evitar danos maiores, o melhor será levar o carro a uma oficina especializada assim que o problema for percebido", orienta Marcus Renato.
O maior prejuízo que o sistema pode dar é a quebra do compressor. Uma peça nova para um carro compacto custa cerca de R$ 1.500. Portanto, é melhor manter a manutenção em dia. (EDUARDO SODRÉ)

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