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Freelander diesel só vale para quem roda muito

Versão é mais cara que modelo a gasolina, mas consumo é baixo

Preços do utilitário Land Rover começam em R$ 129,9 mil; carro oferece conforto no asfalto e fora dele

EDUARDO SODRÉ
DE SÃO PAULO

TESTE FOLHA-MAUÁ

No fim da estrada de terra vermelha, o sítio. É noite, e os faróis de xenônio do Land Rover Freelander SD4 iluminam a porteira. Após 640 quilômetros entre a capital paulista e Itabirito (MG), o marcador indica que ainda há pouco mais de um quarto de combustível no tanque. Seja bem-vindo ao mundo dos motores diesel.

Essa é a vantagem: boa autonomia graças ao baixo consumo. O teste Folha-Mauá mostra que o Freelander diesel bebe pouco, com média de 16,1 km/l na estrada.

Isso significa que, em condições ideais, dá para percorrer 1.127 quilômetros com apenas um tanque (70 litros).

MAIS CARO

A vantagem para por aí. Os equipamentos de série são os mesmos das versões a gasolina, dotadas de um vigoroso porém suave motor seis cilindros (233 cv). O Freelander diesel anda menos (tem 190 cv) e custa R$ 8.000 a mais. E o valor do seguro é maior.

Em resumo: a economia de combustível não é justificativa suficiente para a compra.

Mas, se você mora em um lugar carente de bons postos de abastecimento e percorre grandes distâncias com frequência, vá em frente. Desde que, claro, disponha de pelo menos R$ 129,9 mil para gastar em um jipinho de luxo.

O preço da versão testada, a topo de linha HSE, é bem mais salgado: R$ 172,9 mil. O carro traz luxos como forração de couro, rodas de 19 polegadas, som Alpine com 14 alto-falantes e DVD, teto solar e outros mimos.

O conforto a bordo poderia ser prejudicado pelas características do motor a diesel, mas a Land Rover contornou bem o problema. As vibrações foram amenizadas com a utilização de suportes robustos, que absorvem os tremeliques. O carro é quase tão suave quanto a versão a gasolina.

Na estrada, o utilitário roda como um sedã de luxo. O motorista só se lembra de que está a alguns palmos de distância do chão nas curvas mais fechadas, quando a carroceria revela seu doce balanço.

Não se trata de um tanque de guerra como o jipe Defender, seu irmão mais velho. O Freelander está mais preocupado em oferecer conforto para a geração que sequer sabe operar a tração 4x4, mas conhece bem cada função de seu iPod. E, por falar nisso, cadê a entrada USB? O jipinho de luxo não tem, falta grave no segmento.

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