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Montadoras usam jogos eletrônicos para lançar carros
Nissan GT-R Skyline fez fama no Gran Turismo, e agora é a vez do 370Z
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Duas semanas antes de ser
apresentado em "carne e osso"
no Salão de Los Angeles (EUA),
em outubro, o Nissan 370Z já
podia ser visto -e testado- por
motoristas virtuais na última
edição do jogo The Need For
Speed, específico para video games e computadores.
É a primeira vez que uma
montadora faz parceria com
uma empresa de jogos para a
estreia mundial de um carro.
O cenário de perseguições
policiais e os pegas hollywoodianos tentam transmitir para
o joystick a emoção de acelerar
um esportivo de verdade, título
que o sucessor do 350Z, pelo
visto, buscava antes mesmo de
"nascer" para o asfalto real.
A experiência da Nissan com
o GT-R no Gran Turismo foi
determinante para ela continuar apostando nos jogos de
corrida. Também saiu da imaginação dos programadores do
PlayStation, da Sony, a tela do
console do esportivo japonês.
"Expor carros nos "games"
permite ao grande público degustá-los. Isso aumenta a relação com o produto e a aspiração
para transformar em real a experiência virtual", acredita Ian
Freitas, gerente de produtos da
Electronic Arts, mentora do
The Need For Speed.
A última versão desse jogo, a
Undercover, levou cerca de três
anos para ficar pronta.
Parte do tempo foi gasto com
os testes dos carros, para garantir que o veículo teria o mesmo
comportamento nas telas. Ou
que pudesse ser "tunado".
"Até mesmo o som de cada
motor é gravado para transmitir a máxima sensação de realidade", conta Freitas.
Alguns consoles, como os
PlayStation 2 e 3, permitem aos
jogadores acoplar câmbio, pedais e volante, que até vibra
quando o carro passa sobre
uma imperfeição na pista.
Da tela para a pista
A habilidade do estudante espanhol Lucas Ordoñez com o
joystick o levou a vencer um
campeonato mundial contra 25
mil "pilotos de mentirinha".
O prêmio era guiar um Nissan 350Z nas 24 horas de Dubai, no dia 10 de janeiro. E o espanhol completou a prova.
Para Johnny Herbert, ex-piloto de Fórmula 1 e tutor do jogador nessa aventura, Ordoñez
teve um desempenho impressionante. "Ele provou que o talento para andar rápido num
carro de verdade pode ser desenvolvido através de corridas
virtuais."
(FELIPE NÓBREGA)
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