São Paulo, domingo, 01 de fevereiro de 2009

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Montadoras usam jogos eletrônicos para lançar carros

Nissan GT-R Skyline fez fama no Gran Turismo, e agora é a vez do 370Z

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Duas semanas antes de ser apresentado em "carne e osso" no Salão de Los Angeles (EUA), em outubro, o Nissan 370Z já podia ser visto -e testado- por motoristas virtuais na última edição do jogo The Need For Speed, específico para video games e computadores.
É a primeira vez que uma montadora faz parceria com uma empresa de jogos para a estreia mundial de um carro.
O cenário de perseguições policiais e os pegas hollywoodianos tentam transmitir para o joystick a emoção de acelerar um esportivo de verdade, título que o sucessor do 350Z, pelo visto, buscava antes mesmo de "nascer" para o asfalto real.
A experiência da Nissan com o GT-R no Gran Turismo foi determinante para ela continuar apostando nos jogos de corrida. Também saiu da imaginação dos programadores do PlayStation, da Sony, a tela do console do esportivo japonês.
"Expor carros nos "games" permite ao grande público degustá-los. Isso aumenta a relação com o produto e a aspiração para transformar em real a experiência virtual", acredita Ian Freitas, gerente de produtos da Electronic Arts, mentora do The Need For Speed.
A última versão desse jogo, a Undercover, levou cerca de três anos para ficar pronta.
Parte do tempo foi gasto com os testes dos carros, para garantir que o veículo teria o mesmo comportamento nas telas. Ou que pudesse ser "tunado".
"Até mesmo o som de cada motor é gravado para transmitir a máxima sensação de realidade", conta Freitas.
Alguns consoles, como os PlayStation 2 e 3, permitem aos jogadores acoplar câmbio, pedais e volante, que até vibra quando o carro passa sobre uma imperfeição na pista.

Da tela para a pista
A habilidade do estudante espanhol Lucas Ordoñez com o joystick o levou a vencer um campeonato mundial contra 25 mil "pilotos de mentirinha".
O prêmio era guiar um Nissan 350Z nas 24 horas de Dubai, no dia 10 de janeiro. E o espanhol completou a prova.
Para Johnny Herbert, ex-piloto de Fórmula 1 e tutor do jogador nessa aventura, Ordoñez teve um desempenho impressionante. "Ele provou que o talento para andar rápido num carro de verdade pode ser desenvolvido através de corridas virtuais." (FELIPE NÓBREGA)



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