Hatch é o primeiro modelo de uma série que ganhará o visual do Polo europeu

FABIANO SEVERO
ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

Quando a Volkswagen lançou o primeiro Fox, em 2003, só falava no conceito "design around the passengers". Ao pé da letra, seria algo como o desenho ao redor dos ocupantes. Pobres dos ocupantes.
O interior do Fox era tão simples quanto o de um carro espartano da década de 90. Os plásticos eram duros, e não adiantava procurar o porta-luvas. Não ia achá-lo. Tampouco encontraria o conta-giros, pequeno e escondido ao lado esquerdo do já diminuto painel.
"Agora corrigimos esses defeitos", afirma Flávio Padovan, vice-presidente de vendas e marketing da Volkswagen. De fato, é verdade.
O painel agora é digno de um carro que quer se afastar do Gol e brigar com o Chevrolet Agile. No Fox, não há difusores redondos. São quadrados, como nos velhos -e bons- tempos.

Preços
Talvez essa tenha sido uma das melhores reestilizações de interiores da Volkswagen -quem sabe até da indústria, acostumada a meter o bedelho em belos projetos europeus.
Por fora, também há simetria ímpar. Nada de farol enxertado, como no Peugeot 207. No Fox, o conjunto ótico parece ter sido uma opção futurista e rejeitada em 2003, quando o primeiro Volks de teto alto foi lançado.
Na verdade, é a nova identidade visual da marca. Começou no Scirocco, foi adaptada ao Golf 6 e ganhou sua forma definitiva no Polo europeu.
Mas os ares de lá custam caro. O Fox 1.0 (até 76 cv) virá por R$ 30 mil (duas portas) e R$ 31.830 (quatro), ambas com direção hidráulica.
Com motor 1.6 (até 104 cv), o preço sobe para R$ 34,8 mil -ar-condicionado e trio elétrico custam mais R$ 4.300.
O Fox também adota o câmbio automatizado I-Motion do Polo brasileiro. Varia de R$ 37.290 a R$ 43.306, na nova versão Prime, a topo de linha.
Com o item, ainda há teto solar, seta no retrovisor e sensores de obstáculo e de chuva.