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Blindagem bate recorde e apela para proteção leve
Por R$ 19 mil, já é possível blindar um sedã médio contra revólver 38
FELIPE NÓBREGA
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado de blindagem
nunca esteve tão aquecido. Para especialistas, a redução do
preço desse serviço e o aumento da violência são os motivos.
A Abrablin (Associação Brasileira de Blindagem) prevê que
3.609 carros recebam essa proteção neste segundo semestre,
número 3,5% superior ao do recorde registrado no primeiro
semestre de 2008.
Líder em blindagem veicular
civil, o Brasil também assiste ao
crescimento de uma categoria
específica -e polêmica- de
proteção. É a blindagem de baixo custo (nível 1), que parte de
R$ 19 mil, menos da metade do
valor (R$ 48.750) cobrado por
uma proteção nível 3 -a máxima permitida pelo exército.
"A de nível 1 suporta tiros de
revólver calibre até 38", informa Guadalupe Franzosi, gerente da DuPont, empresa que fornece esse tipo de blindagem
por meio da marca Armura.
Ela afirma que cerca de 90%
das armas apreendidas pela polícia ou vendidas em São Paulo
não ultrapassam o calibre 38.
Sofisticação
Uma pesquisa da Abrablin,
no entanto, aponta que cerca
de 70% dos atentados contra
veículos de passeio blindados
ocorrem com armas de calibre
superior ao 38.
"A blindagem nível 3A é a
única que resiste a todas as armas curtas de fogo. No momento de risco e tensão, é difícil para um leigo identificar precisamente qual armamento o bandido está usando", opina Christian Conde Antônio, presidente da Abrablin. "E, quanto menor o nível da blindagem, menos indicada é a fuga."
Com blindagem de baixo custo, o Toyota Corolla topo de linha sai por cerca de R$ 103 mil,
preço equivalente ao mesmo
modelo com dois anos de uso e
proteção nível 3A.
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