São Paulo, domingo, 02 de julho de 2006

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Peças & acessórios

Frio também exige que ar-condicionado seja ligado

Equipamento deve trabalhar por dez minutos para que seja lubrificado

Leonardo Wen/Folha Imagem
Mangueira do ar de uma Renault Scénic apresenta vazamento


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os paulistanos têm reclamado do frio dos últimos dias, mas ele não deve ser obstáculo para que o ar-condicionado seja ligado. O recomendado pelos fabricantes é usar o equipamento pelo menos uma vez por semana, durante dez minutos, para lubrificar os componentes.
"O correto é ligar o ar quente e balancear com o ar condicionado para que o ar da cabine fique quente e seco", aconselha Renato Koga, engenheiro da Denso. Assim, sem que o habitáculo fique frio, o gás e o óleo circulam através do compressor, dos tubos, das mangueiras e dos trocadores de calor.
O vazamento de gás pelas mangueiras e pelos conectores é o problema mais comum no sistema. Ao ligar o ar-condicionado, o motorista percebe que o aparelho deixou de funcionar ou a refrigeração ficou insuficiente. Uma das causas é, justamente, a falta de lubrificação causada pelo desuso.

Odor
Fernando Gonçalves, supervisor de engenharia da Valeo, recomenda desligar o ar-condicionado dois ou três minutos antes de chegar ao destino, mas manter o ventilador ligado na velocidade máxima.
"Existe acúmulo de água no evaporador, e esse procedimento vai expulsá-la e secar o evaporador para que fungos e bactérias não proliferem. São eles que causam odor e prejudicam a qualidade do ar", explica.
A manutenção do sistema deve seguir as indicações do manual do automóvel. Geralmente, o filtro precisa ser trocado a cada seis meses. O serviço custa, em média, R$ 50.
Segundo o técnico Silvio da Silva, da autorizada Bosch Carbofreio, a higienização também contribui para que o motorista e os passageiros respirem um ar mais saudável. O serviço custa, aproximadamente, R$ 80. "A poluição e muita sujeira na cabine bloqueiam a passagem de ar para o sistema", comenta.
A cada ano, é preciso ainda verificar a eficiência do gás e, se necessário, fazer sua recarga, chamada de reciclagem, que sai por R$ 120. É preciso medir essa eficiência com um equipamento especializado.
A partir de 2011, o uso do gás R134 será proibido no mercado europeu -o que também acontecerá no Brasil. Ele será substituído pelo CO2, que não é tóxico para o ambiente.
Outra novidade: o sistema vai funcionar com motor elétrico ou solar, ficando independente do propulsor do veículo. Assim, a perda de potência e o aumento no consumo deixarão de ser um problema aos motoristas.
(ROSANGELA DE MOURA)


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