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Peças & acessórios
Frio também exige que ar-condicionado seja ligado
Equipamento deve trabalhar por dez minutos para que seja lubrificado
Leonardo Wen/Folha Imagem
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Mangueira do ar de uma Renault Scénic apresenta vazamento |
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Os paulistanos têm reclamado do frio dos últimos dias, mas
ele não deve ser obstáculo para
que o ar-condicionado seja ligado. O recomendado pelos fabricantes é usar o equipamento
pelo menos uma vez por semana, durante dez minutos, para
lubrificar os componentes.
"O correto é ligar o ar quente
e balancear com o ar condicionado para que o ar da cabine fique quente e seco", aconselha
Renato Koga, engenheiro da
Denso. Assim, sem que o habitáculo fique frio, o gás e o óleo
circulam através do compressor, dos tubos, das mangueiras
e dos trocadores de calor.
O vazamento de gás pelas
mangueiras e pelos conectores
é o problema mais comum no
sistema. Ao ligar o ar-condicionado, o motorista percebe que
o aparelho deixou de funcionar
ou a refrigeração ficou insuficiente. Uma das causas é, justamente, a falta de lubrificação
causada pelo desuso.
Odor
Fernando Gonçalves, supervisor de engenharia da Valeo,
recomenda desligar o ar-condicionado dois ou três minutos
antes de chegar ao destino, mas
manter o ventilador ligado na
velocidade máxima.
"Existe acúmulo de água no
evaporador, e esse procedimento vai expulsá-la e secar o
evaporador para que fungos e
bactérias não proliferem. São
eles que causam odor e prejudicam a qualidade do ar", explica.
A manutenção do sistema
deve seguir as indicações do
manual do automóvel. Geralmente, o filtro precisa ser trocado a cada seis meses. O serviço custa, em média, R$ 50.
Segundo o técnico Silvio da
Silva, da autorizada Bosch Carbofreio, a higienização também
contribui para que o motorista
e os passageiros respirem um
ar mais saudável. O serviço custa, aproximadamente, R$ 80.
"A poluição e muita sujeira na
cabine bloqueiam a passagem
de ar para o sistema", comenta.
A cada ano, é preciso ainda
verificar a eficiência do gás e, se
necessário, fazer sua recarga,
chamada de reciclagem, que sai
por R$ 120. É preciso medir essa eficiência com um equipamento especializado.
A partir de 2011, o uso do gás
R134 será proibido no mercado
europeu -o que também acontecerá no Brasil. Ele será substituído pelo CO2, que não é tóxico para o ambiente.
Outra novidade: o sistema vai
funcionar com motor elétrico
ou solar, ficando independente
do propulsor do veículo. Assim,
a perda de potência e o aumento no consumo deixarão de ser
um problema aos motoristas.
(ROSANGELA DE MOURA)
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