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Palio ensaia rodar com energia elétrica
Protótipo, de 40 mil, leva 28s até os 100 km/h e tem autonom ia de 120 km
DO ENVIADO ESPECIAL A ARAXÁ (MG)
Já pensou trocar o posto de
combustível pela tomada de casa? Apesar de parecer uma utopia, a viabilização dos carros
elétricos está cada vez mais
próxima-e há até mesmo um
exemplar rodando no Brasil.
Apresentado como protótipo, o Fiat Palio Elétrico é fruto
de uma parceria entre a hidrelétrica de Itaipu, a montadora e
a empresa suíça KWO, que fabrica o motor, capaz de desenvolver 15 kW (quilowatts) -o
equivalente a 20 cv (cavalos)-
e 5,1 kgfm de torque (força).
Diferentemente dos motores
a combustão, o Palio Elétrico
tem potência constante. Ou seja, desde que o motor é acionado, todos os 20 cv estão disponíveis. Para atingir 100 km/h,
porém, é preciso paciência: são
28s. A Fiat afirma que ele chega
a 110 km/h e que é capaz de rodar 120 km com a bateria cheia.
O Palio, porém, não é tão
"amarrado" quanto parece. Como nos carros comuns, quanto
mais se acelera, maior o gasto
de energia. Quase sem barulhos, o motor emite apenas um
zumbido. O câmbio inexiste: no
seu lugar, há uma alavanca com
opções "drive", "neutral" e ré.
Para reaproveitar a energia, é
possível acionar um botão para
transformar a força obtida nas
descidas em quilowatts. As baterias precisam de oito horas
para recarga total.
Calcanhar-de-aquiles
Além da falta de performance, pesa contra os elétricos o
preço. A Toyota vende, nos
EUA, o híbrido Prius por
US$ 22 mil (aproximadamente
R$ 50 mil) e o Camry, a gasolina, maior e mais luxuoso, por
US$ 18 mil (R$ 40 mil).
Atualmente, a Fiat encara
dois desafios: "As principais
metas são diminuir o custo e
aumentar a autonomia", afirma
Carlos Eugênio Dutra, diretor
de produto da marca.
A Folha apurou que o custo
aproximado do protótipo, que
foi montado na Itália e será
aprimorado no Brasil em parceria com Itaipu, é de 40 mil
(R$ 112 mil). Segundo a fábrica,
ainda não há previsão de fabricá-lo em série, mas a tecnologia
está sendo desenvolvida para
que isso seja viabilizado.
(GERSON CAMPOS)
GERSON CAMPOS viajou a convite da Fiat, que
cedeu o Palio para avaliação
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