São Paulo, domingo, 02 de novembro de 2008

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SALÃO DE SÃO PAULO

Descolados, 500 e fortwo vêm em 2009

Sucesso na Europa, compactos de Fiat e smart custarão mais que Corolla; longe do salão, Mini completará tríade

DA REPORTAGEM LOCAL

Quem passeia pelos Jardins (zona oeste) já deve ter visto um smart fortwo vermelho conversível. Ou mesmo um Mini Cooper S de teto quadriculado parado ao lado de um Fiat 500 novinho em folha.
Pois saiba que esses três carrinhos adorados na Europa agora têm passaporte carimbado para o Brasil. Eles eram vendidos por importadores independentes, mas serão trazidos pelas próprias montadoras.
Seus preços passarão de exorbitantes a caros. Ou você acha que o pequenino smart vale R$ 100 mil? A Daimler -dona da Mercedes e da smart- também achou que não e já avisou que custará entre R$ 55 mil e R$ 60 mil a partir de março.
É exatamente o preço do Toyota Corolla mais barato daqui. Só que, na Europa, o sedã com motor 1.6 custa 20.280 (R$ 55,6 mil), enquanto o smart fortwo 1.0 turbo de 84 cv (cavalos), que será vendido aqui, sai por 12.830 (R$ 35,1 mil).
O Fiat 500 será ainda mais elitizado. Chegará em julho por cerca de R$ 80 mil, mas lá custa 14 mil (R$ 38,4 mil), com o mesmo motor 1.4 16V (100 cv) que desembarcará aqui.
"No Brasil, o 500 será um carro de nicho, assim como o [Volkswagen] Beetle. Não é de volume ou para ganhar dinheiro", afirma Lélio Ramos, diretor comercial da Fiat.
Ramos afirma que o 500 está sendo adaptado para o Brasil, apesar de o motor ser o mesmo usado pelo Punto T-Jet (152 cv), mas sem o turbo.

Desengarrafamento
Para a Daimler, nem o 500 será concorrente do smart. "O fortwo é muito menor, mais barato e feito para duas pessoas", diz o vice-presidente de vendas da Daimler, Philip Schiemer.
Para a Daimler, a lógica é simples: a ocupação média no trânsito é de até duas pessoas por carro. Se 70% dos veículos tivessem os 2,69 m do fortwo, o engarrafamento cairia 50%.
Sem falar no consumo declarado pela fábrica -15 km/l na cidade e 24 km/l na estrada.
Uma realidade que já pertenceu ao inglês Mini Cooper. Hoje ele está maior, mais caro e, dos três, é o único que não está no salão "porque a Mini tem um estande com "layout" diferente do da BMW", explica Jörg Henning Dornbusch, presidente da BMW, dona da Mini.
Ele confirma a chegada das versões hatch e Clubman para março. A primeira custará R$ 100 mil, e a segunda, R$ 130 mil. Sempre com o motor 1.6 turbo de 175 cv. (FABIANO SEVERO)


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