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peças & acessórios
Suspensão cuida de conforto e segurança
Componentes comuns são os mais simples, mas exigem não passar em buracos para durarem 40.000 km
DO "AGORA"
As suspensões dos automóveis existem por dois motivos.
O primeiro é bem conhecido:
evitar que as irregularidades do
terreno sejam transmitidas à
carroceria e aos passageiros. Já
o segundo é menos óbvio: fazer
com que as rodas fiquem o
maior tempo possível no ângulo previsto pelos projetistas,
por uma questão de segurança.
Há diversos tipos de suspensão. As mais comuns, nos carros fabricados no Brasil, são a
McPherson na dianteira e o eixo de torção na traseira.
Elas nem são as melhores opções, mas são mais baratas que
sistemas como o "multi-link",
usado pela Honda. Também
podem ser montadas e desmontadas em menos tempo e
são mais conhecidas pelos mecânicos. No caso específico do
eixo de torção, não é preciso alinhar as rodas traseiras.
Mas, seja qual for o modelo,
os componentes mais importantes são as molas, que amortecem o impacto, e os amortecedores, que freiam o movimento vertical do conjunto.
Para aumentar a vida útil das
peças, o motorista deverá evitar ruas e estradas em más condições. Além disso, é preciso fazer revisões periódicas -o ideal
é a cada 10 mil quilômetros, diz
Álvaro Rasoli, coordenador de
treinamento da DPaschoal.
Além de checar o estado geral
dos componentes das suspensões, é importante verificar periodicamente o alinhamento
das peças. O trabalho é complexo e exige o uso de máquinas de
precisão. "Recomendamos fazer esse serviço uma vez por
ano", diz Adilson Lacerda, consultor técnico da TRW.
Há três ângulos que precisam
ser verificados: o cáster, a convergência e a cambagem. São
ajustes independentes, cada
um com sua função definida.
O cáster é o ângulo do pino
mestre da suspensão em relação à vertical e permite que a
roda volte à posição original,
por exemplo, após uma curva. A
convergência é a diferença entre a abertura dianteira e a traseira das rodas. Por fim, a cambagem é a inclinação lateral das
rodas em relação ao veículo,
quando visto de frente.
Se o carro está desalinhado,
há algumas conseqüências. A
primeira é o aumento do consumo de combustível, pois o
veículo terá maior dificuldade
para andar. A segunda é o desgaste acentuado dos pneus. Por
fim, há perda de estabilidade e
redução da vida útil das peças.
Quando apenas um componente estraga, é preciso ter
atenção. No caso das buchas
(também chamadas de batentes), é possível substituir os
itens de apenas um dos lados.
Já os amortecedores devem ser
trocados sempre aos pares.
Gasto
O prejuízo causado pelos buracos pode ser alto. Para um
Gol 1.0, as revendas da Volkswagen cobram R$ 372 pelos
quatro amortecedores, R$ 320
pelas molas e R$ 204 pelas buchas com as coifas de proteção.
Até os pneus interferem. Modelos maiores que os recomendados sobrecarregam os componentes, e os fora da calibragem indicada prejudicam as peças, pois os cálculos são válidos
para a pressão indicada.
Rebaixar a suspensão, algo
comum no "tuning", pode até
trincar a carroceria.
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