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Papa já tem carro quando vier ao Brasil
Espaço e visibilidade não faltam à Fiat Doblò reestilizada; há até um mezanino no interior
teste folha-mauá
RICARDO RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
À primeira vista, assusta um
pouco. Quem nunca dirigiu
uma Doblò pode estranhar.
Mas, comparada à versão anterior, pouco mudou na atual
reestilização.
A frente está menos esquisita, mas nem por isso virou a Penélope Cruz das multivans. Está mais para Kristen Stewart,
atriz da saga "Crepúsculo", com
sua beleza exótica.
Vampiros à parte, continua
espaçosa e com atributos para
ter o multiuso a que se propõe.
Se dá para abrir os braços?
Dentro da Doblò, é possível fazer qualquer movimento e em
todas as direções.
Há 1,93 m de altura e 1,72 m
de largura, que conferem conforto e estabilidade, delicada
em veículos de trabalho.
Claro, com a enorme área envidraçada, a impressão é a de
estar dentro do papa-móvel.
Vale até arriscar um aceno ao
percorrer longas avenidas.
A suspensão filtra bem as imperfeições do asfalto. A posição
elevada de dirigir agrada.
As posições do banco, do volante e do câmbio têm jeitos de
caminhão, mas com 4,25 m de
comprimento, basta a primeira
manobra para se sentir guiando
uma pequena van escolar.
Vale uma atenção extra ao retrovisor, mas eles já são grandes para ninguém reclamar.
O câmbio curto e bem à mão
é interessante, mas no primeiro engarrafamento faz você rezar por um câmbio automatizado para acompanhar a salvadora direção hidráulica de série.
Caixote
Só que as concessões a Bento
16 param por aí. Suas preces
não serão atendidas, pois não
há transmissão automática
nem como item opcional.
O motor 1.8 (114 cv e 18 kgfm
de torque) engana. Mostrou-se
esperto no dia a dia da cidade,
com boas arrancadas.
Mas poderia ter desempenho
melhor, aponta o teste Folha-Mauá. Durante as medições, a
Doblò foi lenta na pista.
Ela precisou de 15s para atingir 100 km/h e foi ainda mais
lenta nas retomadas. Apetite
de Palio 1.4.
O vilão? Está onde pecam
minivans, multivans e até algumas peruas: o design e o peso.
O formato tipo caixote não
só confere uma cara sisuda e
quadradona à Doblò como prejudica a aerodinâmica.
Na estrada, até que a multivan consegue manter uma velocidade constante.
Carregada com parte dos 665
litros do bagageiro, porém, a
história se complica. A versão
ELX 1.4 quase põe a língua de
fora. Tudo bem, ela é mais barata -parte de R$ 48.950.
A versão testada é a HLX e
custa a partir de R$ 54.670.
Em ambas dá para levar até
sete pessoas. Sim, é possível
encomendar na Fiat dois bancos extras originais para instalação no porta-malas.
Banco basculante
Se a sogra pedir o carro para
enchê-lo de compras pós-Natal, os dois bancos extras são
basculantes e podem ser dobrados em dois movimentos, com
leves alavancas. O sistema merece elogios e não oferece risco
aos dedos.
Como ficam suspensos ao
lado dos vidros, o espaço não
aumenta muito, mas permite
acomodar a bagagem de maneira mais ordenada.
Nas laterais, há portas corrediças dos dois lados. São práticas, podem ser abertas por
dentro ou por fora e têm travas
de segurança.
Atrás, a porta bipartida tipo
freezer de padaria funciona
bem para retirar a bagagem ou
para a entrada dos passageiros.
Mas tudo tem um preço...
A Fiat cedeu a Doblò para teste
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