Mais rápido e barato, o Renault Sandero 1.6 supera a esportividade do Fiat Punto 1.4

EDUARDO HIROSHI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Fiat Punto e Renault Sandero têm muitas coisas em comum, a começar pelas dimensões maiores do que as da média dos carros compactos.
O Sandero não chega às medidas de um médio, mas tem 4,02 m de comprimento -o Punto tem 4,03 m. Como referência, um Volkswagen Gol, classificado como compacto, mede 3,93 m, e o Chevrolet Astra, hatch médio, 4,19 m.
Punto e Sandero também têm origens latinas. O Fiat é italiano, e o Sandero, francês, só que projetado para o mercado latino-americano. Ambos começaram a ser fabricados no país no ano passado.
A reportagem comparou a versão intermediária do Punto, a 1.4 ELX, com a topo de linha do Sandero, a 1.6 8V Privilège.
O Fiat oferece 85 cv (cavalos) usando gasolina e 86 cv com álcool. O Renault tem, respectivamente, 92 cv e 95 cv.
Essa diferença se refletiu no teste Folha-Mauá. E, ao contrário do que o senso comum poderia sugerir, a maior cilindrada do Renault não significou maior consumo.
Na cidade, houve um empate: Sandero e Punto tiveram consumo médio de 8,8 km/l. Já na estrada, o Sandero consumiu, em média, 12,7 km/l ante 11,7 km/l do concorrente.

Direção direta
O Sandero também ganha no espaço interno, fruto da maior distância entreeixos e da carroceria mais larga. O porta-malas do Renault leva 320 litros contra 280 litros do da Fiat.
Para completar, o Renault é mais barato do que o Punto em todas as versões. O Fiat avaliado era um HLX 1.4, que custa R$ 42.310. A unidade cedida pela Renault era uma Privilège 1.6 8v, que custa R$ 41.190.
Racional, o Sandero só perde numa análise subjetiva, como, por exemplo, a do acabamento. O Fiat usa plásticos de boa qualidade, além de ter reações melhores. A direção é direta, e o câmbio, preciso. Tanto equilíbrio ajuda o Punto a transmitir mais sensação de estabilidade.