São Paulo, domingo, 03 de agosto de 2008

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A4 fica tecnológico para barrar rivais

Sedã da Audi começa a ser vendido neste mês com equipamentos como câmera na traseira

JOSÉ AUGUSTO AMORIM
ENVIADO ESPECIAL A INGOLSTADT

A Audi vai comemorar seus 15 anos no Brasil de uma forma diferente. Trocou o Salão de São Paulo, em outubro, por um evento de três dias no MuBE um mês antes. Além do conceito do A1 -compacto que começa a ser feito na Bélgica em 2009-, vai mostrar o novo A4. O sedã parece escolhido a dedo. Modelo mais vendido da montadora em todo o mundo, ele está 20 cm mais comprido que o anterior e ganhou equipamentos tecnológicos que ainda não estão disponíveis nem no A8, caso do sistema que avisa se há carros ao seu lado. O volante do A4 treme se o motorista muda de faixa sem acionar a seta, e ele fica mais "pesado" assim que o condutor escolhe o modo esportivo num botão no console. Uma câmera instalada acima da placa traseira ajuda nas manobras. Esses equipamentos, contudo, serão vendidos à parte. Têm a função de "construir imagem", como dizem os marqueteiros -ou mostrar o que a Audi é capaz de oferecer de mais tecnológico. Tudo para catapultar as vendas do A4, hoje inferiores às do BMW Série 3 e às do Mercedes-Benz Classe C. De série, por outro lado, os faróis do A4 têm 14 LEDs, uma tendência da indústria automobilística ainda reservada aos modelos mais luxuosos. Lembram os do A5, cupê prometido para desembarcar por aqui até o fim deste ano. O último tijolo da "construção da imagem" é o motor 3.2 V6 (seis cilindros em "V"). Com 269 cv (cavalos), está 14 cv mais potente e, segundo a Audi, economiza 1,2 litro de gasolina a cada 100 km percorridos. O grande destaque do motor, no entanto, continua sendo a injeção direta de combustível. Embora tenha sido criada pela Audi, a tecnologia que ajuda na economia de combustível fez sua estréia brasileira no Volkswagen Passat em março de 2006 -nos Audi, só chegou em novembro daquele ano.

Outra opção
O sedã começa a ser vendido no Brasil em meados deste mês com motor V6 e transmissão automática de seis velocidades que permite trocas manuais. Seu preço deve se manter na casa de R$ 230 mil, mas ainda não foi confirmado. O Mercedes-Benz C 280, o preferido do consumidor local no primeiro semestre deste ano, sai por R$ 208 mil, e o BMW 325i custa R$ 214 mil. Para virar o jogo, a Audi vai trazer também o sedã com motor 2.0 Turbo um mês após a versão topo de linha. Ainda que a cilindrada seja a mesma, serão duas potências ofertadas: 183 cv ou 214 cv. Mas o câmbio "construtor de imagem" da Audi ainda não está disponível para o A4 nem mesmo na Alemanha. O DSG deixa duas embreagens prontas para o engate, reduzindo o tempo da troca de marchas e ajudando na aceleração. Nada que o (opcional) som da Bang & Olufsen não compense.

JOSÉ AUGUSTO AMORIM viajou a convite da Audi, que cedeu o carro para avaliação

15 ANOS DA AUDI
MuBE
av. Europa, 218, Jardim Europa (zona oeste de São Paulo)
de 12/9 a 14/9, das 9h às 22h
entrada franca



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