São Paulo, domingo, 03 de setembro de 2006

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Montadoras aproveitam vácuo criado pelo A3

DA REPORTAGEM LOCAL

Por muitos anos, o Audi A3 foi o hatchback médio mais desejado do país. Produzido desde 1999 na fábrica da marca com a Volkswagen em São José dos Pinhais (PR), o A3 teve sua produção encerrada na quinta-feira. O modelo -há um estoque de 800 unidades, que devem ser vendidas até dezembro- deixa muitos órfãos no segmento "premium".
Em busca do nicho disposto a pagar entre R$ 60 mil e R$ 90 mil por um hatch, a Citroën já anunciou a importação do francês C4 VTR, com motor 2.0 16V e 143 cv (cavalos). O carro custará R$ 75 mil e terá, como itens de série, quatro airbags, freios com ABS (antitravamento), toca-CDs, computador de bordo e bancos esportivos.
Com todos os opcionais -faróis de xenônio, bancos de couro e rodas de 16 polegadas- o preço sobe para R$ 80 mil, o mesmo do A3 1.8T (150 cv). Além do desenho frontal com a nova identidade da fábrica, o C4 tem como diferencial o ineditismo do volante com centro fixo. Apenas o "contorno" gira.
O Peugeot 307 também é uma opção a ex-donos do hatchback da Audi. Remodelado há quatro meses, o médio argentino continua bem equipado. Custa, na versão topo de linha, a Griffe, R$ 73.450. O motor 2.0 16V é o mesmo do C4, só que os 143 cv são subordinados a uma transmissão automática. No Citroën, ela é só manual.
Mas, nesse mercado de poucas opções, há quem migre para os sedãs, em especial o Honda Civic. Com preços que vão de R$ 61.745 a R$ 80.395, o Civic é o sedã mais vendido desde o seu lançamento, em abril.
"O que eu mais gosto no Civic é o design. É diferente de tudo o que há no mercado", diz o engenheiro mecânico Fernando Machado, 44, ex-proprietário de um A3 1.8T (180 cv) 2004. "O meu A3 tinha 40 cv a mais que o Civic. Mas, ainda assim, estou satisfeito." (FABIANO SEVERO)


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