De série em carros exclusivos, luzes podem equipar qualquer automóvel

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Vendidos como acessórios, os piscas nos espelhos retrovisores são uma tendência entre os novos itens de segurança. Para especialistas, em breve, as luzes repetidoras serão comuns nos veículos nacionais.
Muitos importados já contam com o recurso de série. A Mercedes-Benz Classe A foi a primeira a oferecer o item em carros feitos no país, em 1999. Hoje, Fiat Idea Adventure e Honda Fit -o Civic com o recurso chega em fevereiro- já piscam os retrovisores.
O acessório permite que pedestres e motoristas ao lado vejam a sinalização de mudança de direção. "Não pensei nos motoboys quando instalei", afirma o policial militar Luís Mário Barbosa Garcia, 44. "Achei bonito", diz ele, que é dono de um Chevrolet Astra preparado para "tuning".
"Do público que procura o acessório, 90% busca apelo estético", confirma Daniel Simone, gerente comercial da Personal Parts (empresa especializada em personalização).

Nova tendência
Já Hamilton Marins, diretor da Metagal (fabricante), afirma que o mecanismo é uma tendência em segurança. "Desde o Classe A, pelo menos dois carros novos saem da fábrica, por ano, com o recurso". Entre os acessórios, o crescimento nas vendas foi de 10% a 20% anuais.

Regulamentação
Só na linha Indy Light, há 20 modelos para uso em diferentes carros. O retrovisor já vem com a fiação elétrica para ser ligada ao dispositivo de seta. O par custa cerca de R$ 200.
Outra opção, o Retro Light, da Autopoli, traz quatro LEDs (luzes emitidas por diodo) em uma fita adesiva, que deve ser colada sobre a estrutura do retrovisor. É preciso fazer um furo na carcaça para ligá-lo ao mecanismo de seta. O produto custa R$ 50 (o par) e está disponível nas cores amarela e azul.
No Brasil, não há regulamentação específica para o repetidor lateral, ao contrário de Estados Unidos e Europa, onde é obrigatório em veículos novos.
Eduardo Sedin, gerente da Olsa Brasil, empresa especializada em pequenas iluminações, diz que a cor âmbar (alaranjada) é a regulamentada pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito) para piscas. Ele lembra que o mecanismo colocado no retrovisor não suspende a exigência dos piscas frontal e traseiro.
(DEISE DE OLIVEIRA)


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