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SEDÃ
Apesar de custar a partir de R$ 395 mil, 26 unidades do modelo britânico chegam ao Brasil praticamente vendidas
Linhas tradicionais ocultam tecnologia do novo Jaguar XJ
FREE-LANCE PARA A FOLHA
No Salão de Paris de 2002, diretores da Jaguar "babavam" ao
mostrar a sétima geração do XJ,
que representa mais da metade de
todos os modelos já feitos pela
empresa. A idéia era causar inveja
na concorrência, com corpo de
alumínio e tecnologia abundante.
Quase dois anos depois, o felino
chega ao Brasil. Mas não adianta
ter pressa. Há uma lista com 26
nomes interessados -na maioria
quem tinha um XJ antigo. Seis já
devem estacionar o seu na garagem neste mês, e a previsão é vender mais 20 carros até dezembro.
Além de o Brasil não ser um
mercado prioritário, a marca britânica decidiu esperar para importar as três versões de uma só
vez. São dois motores, ambos 4.2
V8 (oito cilindros em "V"). O de
entrada -que custa R$ 395 mil
- é aspirado e gera 300 cv. As
versões Super V8 (R$ 500 mil) e R
(R$ 440 mil) receberam um compressor e têm 100 cv a mais.
Com a carroceria de alumínio e
o câmbio automático de seis velocidades, acelerar até os 100 km/h
leva apenas 5,3 segundos -6,6s
no XJ8. O Audi A8, também com
carroceria de alumínio e 335 cv,
requer 7,09s, segundo teste Folha-Mauá publicado em agosto.
Em todos os casos, a velocidade
máxima é limitada a 250 km/h.
Tecnologia
A Jaguar considera que o novo
XJ é o carro mais moderno que já
produziu. A carroceria é 200 quilos mais leve e 60% mais rígida, e
suas peças são unidas com epóxi,
como nos aviões. A transmissão
pesa 12% a menos e tem uma redução de peças de 30%. O painel
fica numa estrutura de magnésio.
É de série a suspensão a ar que
se ajusta automaticamente. Em
altas velocidades, ela desce 1,5 cm
para melhorar a estabilidade. Já a
CATS (suspensão de tecnologia
ativa computadorizada) altera
eletronicamente a calibragem dos
amortecedores conforme o piso e
a pressão no acelerador.
O freio de mão é eletrônico, o
que dispensa a alavanca. Além do
já tradicional ABS (antitravamento), o XJ conta com o EBA, que
percebe se o motorista está pisando fundo no pedal de freio e proporciona força adicional se for necessário. Também há controle de
tração e dinâmico de estabilidade.
Sensores conseguem detectar a
posição e o peso dos passageiros
antes de acionar os airbags. Tudo
isso para as bolsas abrirem de forma a não machucar quem viaja a
bordo do luxuoso sedã.
Conforto interno
O interior está mais espaçoso, e
o porta-malas teve a capacidade
de carga ampliada para 470 litros,
27% a mais que a geração anterior. Os bancos dianteiros podem
ser postos em 16 posições. Além
da coluna de direção, é possível
ajustar a distância dos pedais.
Na versão Super V8, o XJ oferece sistema multimídia, com telas
atrás dos encostos de cabeça dianteiros. Quem vai na frente pode
ouvir um CD, enquanto os passageiros traseiros jogam videogame
com fone de ouvido. Tudo parece
pensado para manter o silêncio.
Ao passar por uma poça de
água, é quase imperceptível o ruído do líquido batendo no assoalho. Uma blindagem vai "calar"
até as gotas no pára-brisa, mas
acaba com a arte dos engenheiros.
Curioso? Até 12 de abril, o XJ fica exposto no shopping Iguatemi
(zona oeste de São Paulo).
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)
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