São Paulo, domingo, 04 de abril de 2010

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Jaguar rompe tradição e entra na era esporte do XJ

Sob controle da indiana Tata, sedã quer deixar BMW com ar de careta

ENVIADO ESPECIAL A VERSALHES (FRANÇA)

Para os gregos antigos, o tempo não era medido pela contagem dos dias. Só um acontecimento especial computava a passagem de um período.
Da mesma forma, é possível dizer que o antigo Jaguar XJ ficou estacionado no tempo desde 1968, quando revolucionou o segmento de sedãs de luxo com seu estilo arrebatador. Perdurou por décadas e virou, depois, seu próprio fardo.
Já a novíssima geração do XJ, prometida para desembarcar no Brasil em agosto, resgata a ousadia do modelo original.
Mas, agora, recorre ao charme do Maserati Quattroporte e ao refinamento do Bentley para ressuscitar a sua lista de pretendentes. Sonha até com a do Porsche Panamera, outro automóvel de mais de R$ 500 mil.
Em um test-drive pelos arredores de Versalhes, o novo XJ mostra que a sua construção em alumínio lhe dá a pitada de leveza que falta ao dinâmico BMW 750i, outro que adota a boa e velha tração traseira.
É ela que, no Jaguar, dá vida aos 510 cv do motor 5.0 V8 com compressor e leva o sedã aos 100 km/h em 4,9s, diz a fábrica.
Nem é preciso tanta ligeireza. Não há nada melhor no sedã do que as poltronas de couro costuradas à mão e com ventilação interna. Mas só os bancos frontais fazem massagem.

LCD
Tudo bem que o Mercedes Classe S também oferece o mimo e ainda "percebe" quando o motorista está com sono. Mas é o Jaguar quem traz o painel de instrumentos em LCD.
Dá até para trocar a projeção do conta-giros pela do visor do ACC (controlador de distância em relação ao carro da frente).
Outro item que antigos donos de XJ vão estranhar é o seletor do câmbio automático de seis marchas. Em vez de alavanca, há um botão giratório.
"High-tech" mesmo é a tela "touch screen" no console central. Ela projeta simultaneamente imagens distintas para o motorista e para o passageiro.
Enquanto um vê -nitidamente- os mapas do GPS, o outro consegue assistir, por exemplo, a um filme em DVD.
Sinal de que o aristocrata inglês já avança hoje por meio de bits indianos do grupo Tata.
(FELIPE NÓBREGA)
O jornalista viajou a convite da Jaguar, que cedeu o XJ para avaliação



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