São Paulo, domingo, 04 de junho de 2000


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EXCLUSIVO
Fábrica testa três protótipos; fotos obtidas pela Folha mostram mudanças na frente e nova tampa do porta-malas
Palio atual terá só mais um ano de vida

Silvio Porto
Dianteira do novo Palio reserva espaço para o atual logotipo da Fiat; tampa do capô ganhou uma entrada de ar e ficou mais vincada


DA REPORTAGEM LOCAL

O Palio tal como o consumidor conhece está com os dias contados. Em menos de um ano, a Fiat lança uma nova geração de seu modelo mundial -o segundo carro mais vendido do mercado, atrás apenas do VW Gol-, cujo projeto está em fase final.
Enquanto impera na montadora de Betim (MG) a lei do silêncio, vários protótipos do compacto são vistos em testes de percurso -nos quais são rodados, no total, aproximadamente 1 milhão de quilômetros-, na região metropolitana de Belo Horizonte.
A Fiat confirma apenas estar analisando três diferentes versões -uma delas será a "eleita". Dessa definição depende a apresentação ou não do carro no Salão do Automóvel de São Paulo, que será realizado em outubro deste ano.
Entre as novidades tecnológicas do novo modelo, deverão estar a direção assistida elétrica e o bem resolvido motor Fire, em versão 1.0 -em março foi lançada a 1.3.

Desenho
As fotos obtidas com exclusividade pela Folha revelam que o novo Palio deve corrigir um de seus principais defeitos: ter a tampa do porta-malas mais protuberante do que o pára-choque.
Essa concepção, tema de teste realizado pela Folha em abril de 1998, faz com que o veículo se torne mais vulnerável a pequenas batidas traseiras contra obstáculos, amassando com facilidade.
Outra especulação dizia que o visual de sua traseira seria semelhante à do seu "irmão" europeu, o Punto, reformulado há menos de um ano e que apresenta lanternas verticalizadas, dispostas paralelamente à janela traseira, como ocorre na Marea Weekend.
Imagens dos protótipos em teste contradizem essa especulação. A Fiat também confirma que dificilmente deverá adotar, no Brasil, essa solução em um compacto.

Carro de família
Mas por que a Fiat não produz de uma vez o Punto no Brasil? Simples: o Palio, lançado em 1996, foi um carro concebido durante 30 meses para se tornar uma família, não apenas um modelo.
Ou seja, em vez de ser só um hatchback (sem porta-malas saliente), o Palio nasceu com a proposta de se desdobrar em outras configurações: sedã (Siena), picape (Strada), perua (Palio Weekend) e assim por diante.
Com isso, são atendidas várias demandas da montadora, que fabrica carros da família Palio não só no Brasil, mas também em países como Turquia, Polônia, Argentina, África do Sul e Marrocos.
Todas as Palio Weekend vendidas na Europa são produzidas no Brasil -um dos fatores que tornam a Fiat uma das montadoras brasileiras mais bem-sucedidas em exportação. Em 1999, 44% dos carros brasileiros exportados eram da Fiat. (LUÍS PEREZ)


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