|
Texto Anterior | Índice
TIRA-DÚVIDAS
Saiba por que fábricas guardam "segredos"
DA REPORTAGEM LOCAL
Revelar "segredos" -produtos
que devem ser lançados no futuro- da indústria automobilística
é algo não muito agradável aos fabricantes por razões comerciais.
O anúncio de que determinada
montadora pretende colocar no
mercado um carro do mesmo
segmento, em tese, faz com que o
consumidor perca interesse pelo
modelo fabricado no momento.
Esse efeito traz consequências
não só para os carros novos, mas
também para usados -com a suposta queda de procura, o valor
de revenda tende a ser menor.
Quando se afirma que, em menos de um ano, haverá um novo
Fiat Palio para substituir o atual,
alguns podem retardar sua compra e, assim, fazer com que o modelo encalhe nas revendas, que teriam então de dar descontos.
O que sustenta um automóvel
na linha de montagem é a aceitação do público -por isso o Mille,
que, ao contrário do Palio, tem
curvas ascendentes de venda durante meses seguidos, não deve
deixar de ser fabricado tão cedo.
Até hoje, no Brasil, a Ford tem
receio de que se afirme que o Focus vai substituir o Escort. Daí sua
iniciativa de lançar uma versão
mais em conta, a com motor 1.6.
Com isso, prepara terreno para o
Focus, em faixa de preço superior.
Por esse motivo também se
questiona o que será do VW Gol
1.6 com o lançamento do modelo
1.0 com turbo, de 112 cavalos.
Alguns dizem que há interesse
da fábrica em ter seus "segredos"
revelados. Isso pode ocorrer, pois
as reações dependem da época
em que o anúncio ocorre -se o
produto está em ascensão ou não.
Um dos mais bem guardados
segredos dos últimos tempos é o
do subcompacto da GM, o Arara-Azul, cujos rumores indicam que
pode ser chamado por aqui de
Celta. Revelar seu visual, bem como seu nome, pode diminuir o
impacto que a surpresa causará
quando for lançado, em agosto.
Texto Anterior: Para a fábrica, reforço evita desgaste precoce Índice
|