Qual é o melhor carro para viajar nas férias? C4 Picasso, Dodge Journey, Honda CR-Ve Jetta Variant respondem

João Brito/Folhapress

Jetta (à dir.) é mais dinâmico; CR-Venfrenta bem buracos

RICARDO RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Papai, mamãe, titia. Cachorro, gato, galinha. Família vive junto todo dia." Escolher um carro bom e adequado às necessidades da família, como na música dos Titãs, não é tarefa fácil.
Na faixa de preço de R$ 80 mil, há opções que vão da perua clássica ao utilitário esportivo, com motores e desempenhos variados.
Depende da utilização e do estilo da família.
Os carros altinhos estão na moda. Talvez, por isso, o Honda CR-V e o Dodge Journey despertem mais atenção à primeira vista. Ambos vêm do México sem Imposto de Importação para abater um preço ainda salgado.
Na linha 2010, o "japonês" recebeu apenas retoques estéticos. A dianteira alongada, com jeito de beiço de índio, até que impõem respeito no trânsito, mas surpreende os mais desavisados nas manobras de estacionamento.
O acabamento do Honda agrada, mas não oferece muitos equipamentos para quem paga R$ 88,4 mil.
Já o Journey perdeu o computador de bordo e a terceira fileira de bancos (agora tem cinco lugares) para ficar mais barato. A versão básica, a SE, vem até com rodas de aço e calotas simplórias, que destoam no carro de R$ 85,9 mil.
Com medidas generosas, os dois acomodam melhor os ocupantes. O CR-V, com 2,62 m de entre-eixos, garante conforto em viagens longas. O Journey, com a distância de 2,89 m, tem espaço suficiente para a criançada "se divertir" no banco de trás.
Uma tomada no console permite ligar o videogame portátil para tranquilizar as crianças. Pequenos espelhos adicionais nos três modelos -a Jetta não tem- permitem verificar se elas revezam o brinquedo ou não.
A nova identidade global da Volkswagen deixou a frente da Jetta Variant mais moderninha, mas as linhas gerais ainda continuam sóbrias. Uma perua clássica.

ESQUIZOFRENIA
No conforto, prioriza o motorista, e tem acabamento superior ao dos rivais.
Itens como aquecimento e ajuste elétrico dos bancos de couro são de série na Jetta "básica" de R$ 83.990. Com teto solar panorâmico, faróis de xenônio e sensor de chuva, sobe para R$ 96.930.
O porta-malas de 505 litros é grande, mas, no CR-V, há uma bandeja para dividir os objetos; no Journey, um compartimento adicional abaixo do assoalho amplia o espaço.
Já a C4 Picasso é a minivan dos Jetsons. O enorme para-brisa, a disposição dos controles e as variadas indicações piscantes do computador de bordo fazem o motorista se sentir em um nave espacial. Só que, na Terra, o ambiente torna a condução uma dança esquizofrênica.
Completa, a Citroën tem requinte de francês e preço mais à brasileira (R$ 77,9 mil). Controles do ar-condicionado para passageiros na parte de trás e rodas de alumínio somam mais R$ 3.500.
C4 Picasso e Variant andam mais próximas do chão, o que é um perigo nas esburacadas ruas brasileiras. Mais altos, CR-V e Journey levam a melhor, apesar dos barulhos excessivos no interior.
Espaço e altura, porém, fazem a diferença na pista.


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