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Uno esperava 30s antes de desligar motor
DA REPORTAGEM LOCAL
O estepe foi apenas uma das
muitas dores de cabeça da Fiat
na homologação do Uno Turbo.
O primeiro desafio era adaptar o motor italiano à gasolina
brasileira (ao menos 20% de álcool) e conseguir resfriar e lubrificar o turbo em uso severo.
"Eu mesmo escrevi o texto do
manual recomendando que o
motorista do Uno aguardasse
em marcha lenta por 30s antes
de desligar o motor", relembra
Carlos Henrique Ferreira, assessor técnico da Fiat.
O Punto T-Jet não tem essas
frescuras. Pode ser usado como
um carro comum e desligado
quando você bem entender.
Pudera: na Europa, ele já foi
bem testado nas três versões de
Punto com esse motor, gerando
120 cv, 155 cv (Abarth) ou 180
cv (Abarth SS).
Aqui optaram pela intermediária, que perdeu 3 cv e ficou
com 152 cv. O Uno tem 118 cv.
Nem a pressão do turbo de 1
bar -ante 0,8 bar do Uno- foi
suficiente para fazer o T-Jet arrancar melhor. No teste Folha-Mauá, ele precisou de 9,67s para atingir 100 km/h. O Uno, em
1994, levou apenas 8,89s.
"O peso é vital nessa prova",
comenta Ferreira. São 975 kg
do Uno contra 1.230 kg do Punto, que, mesmo assim, tem melhor relação peso/potência.
Com esse desempenho, fica
difícil encontrar um Uno Turbo em bom estado. Se você gostou do vermelhinho das fotos,
esqueça. Seu dono, o promotor
de vendas Weligthon Oliveira,
25, a essa hora está trocando-o
por um Gol 1997. "É melhor para ir e voltar do trabalho", diz.
Em tempo: o estepe do Uno
foi para trás e deixou 245 l para
as malas.
(FABIANO SEVERO)
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