São Paulo, domingo, 05 de abril de 2009

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Uno esperava 30s antes de desligar motor

DA REPORTAGEM LOCAL

O estepe foi apenas uma das muitas dores de cabeça da Fiat na homologação do Uno Turbo.
O primeiro desafio era adaptar o motor italiano à gasolina brasileira (ao menos 20% de álcool) e conseguir resfriar e lubrificar o turbo em uso severo.
"Eu mesmo escrevi o texto do manual recomendando que o motorista do Uno aguardasse em marcha lenta por 30s antes de desligar o motor", relembra Carlos Henrique Ferreira, assessor técnico da Fiat.
O Punto T-Jet não tem essas frescuras. Pode ser usado como um carro comum e desligado quando você bem entender.
Pudera: na Europa, ele já foi bem testado nas três versões de Punto com esse motor, gerando 120 cv, 155 cv (Abarth) ou 180 cv (Abarth SS).
Aqui optaram pela intermediária, que perdeu 3 cv e ficou com 152 cv. O Uno tem 118 cv.
Nem a pressão do turbo de 1 bar -ante 0,8 bar do Uno- foi suficiente para fazer o T-Jet arrancar melhor. No teste Folha-Mauá, ele precisou de 9,67s para atingir 100 km/h. O Uno, em 1994, levou apenas 8,89s.
"O peso é vital nessa prova", comenta Ferreira. São 975 kg do Uno contra 1.230 kg do Punto, que, mesmo assim, tem melhor relação peso/potência.
Com esse desempenho, fica difícil encontrar um Uno Turbo em bom estado. Se você gostou do vermelhinho das fotos, esqueça. Seu dono, o promotor de vendas Weligthon Oliveira, 25, a essa hora está trocando-o por um Gol 1997. "É melhor para ir e voltar do trabalho", diz.
Em tempo: o estepe do Uno foi para trás e deixou 245 l para as malas. (FABIANO SEVERO)


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