Técnica custa quase a metade da repintura tradicional e é aconselhada para consertos de para-choques

DO "AGORA"

Sabe aquela raspadinha no para-choque ao estacionar? Ou aquele arranhão na lataria causado por descuido? Em geral, pequenos danos não exigem que a peça inteira seja pintada novamente. A solução mais prática é o retoque, técnica que repara só a área danificada.
"O serviço de retoque custa quase a metade do preço da repintura total da peça", afirma Davys Camossi, membro do Sitivesp (Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo).
Na oficina Jaguarauto, um banho de tinta sobre o para-choque de um Corsa, por exemplo, sai por R$ 280, enquanto o retoque em uma das extremidades custa cerca de R$ 150.
Outra vantagem do retoque é que ele pode ser concluído no mesmo dia -o método tradicional leva, em média, três dias, mas às vezes vale a pena.
"Se uma porta, por exemplo, apresentar riscos em vários pontos, é melhor pintá-la novamente", aconselha Camossi.
Para José Penalva, gerente técnico da fabricante de tintas Basf, o retoque tem melhores resultados em superfícies verticais, como para-lamas. "Partes como capô e tampa superior do porta-malas, por exemplo, deixam mais evidente eventuais imperfeições da tinta."

Originalidade
O chefe de pintura da Jaguarauto, Castro Antônio Ramallo, diz que o principal desafio do serviço é reproduzir o tom e o brilho da pintura original.
"Quanto mais desgastada estiver a cor, mais preciso deve ser o retoque, que é feito visualmente pelo colorista."
O cabeleireiro Cláudio Morales, 55, que se considera um motorista distraído, diz lançar mão do retoque, pois preserva mais a originalidade do carro. Muitos compradores desvalorizam os veículos que possuem muitas partes repintadas, associando-as a uma batida mais grave.
"Minúsculos danos na pintura, como os provocados por pedriscos, também necessitam de reparo. Caso contrário, a lataria ficará desprotegida e suscetível a pontos de ferrugem", alerta o funileiro Adail Borges, da oficina que leva seu sobrenome.