São Paulo, domingo, 05 de agosto de 2007

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Cheiro de carro novo pode ser mau

DA REPORTAGEM LOCAL

Há quem diga que o melhor perfume não é o francês, mas o do carro novo. O tolueno -gás produzido no interior de um veículo zero-quilômetro-, porém, pode ser nocivo.
O médico Paulo Saldiva, da USP, explica que o tolueno é uma substância orgânica volátil que interfere nas hemoglobinas (transportadores de oxigênio no sangue) e pode provocar disfunções na respiração, como ofego.
Segundo a OMS, o aconselhado é que o ser humano, num ambiente fechado, respire, no máximo, 50 ppm de tolueno por uma hora. No teste, o Renault Logan -os carros foram selecionados aleatoriamente- chegou a 97 ppm.
Em nota, a Renault afirma que "os testes realizados na França com o Logan produzido no Brasil registraram um valor de tolueno abaixo do estabelecido pela OMS".
Já o Honda Accord -que custa R$ 64.010 a mais que o Logan (R$ 92 mil ante R$ 27.990)- ficou dentro dos limites da OMS. Não passou de 47 ppm. A Honda diz que o carro segue os padrões internacionais de qualidade.
Um Fiat Stilo com 50 mil quilômetros -portanto sem o cheiro de novo- também está dentro dos padrões da OMS. O pico foi de 41 ppm.
"Há empresas que vendem fragrâncias de carro novo. Também são tóxicas", alerta Henrique Cury, representante da Eco Quest no Brasil.
Nos EUA, a empresa vende um produto que neutraliza o CO, o CO2 e o tolueno. "A tecnologia é da Nasa, que monitora a qualidade do ar nas aeronaves que vão para o espaço."


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