São Paulo, domingo, 06 de fevereiro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Híbrido, Cayenne alia desempenho e esperança Porsche espera isenção do governo para tornar Cayenne "verde" viável Sistema com motor V6 de 333 cv e outro elétrico deixa utilitário 30% mais caro que a versão V6 só a gasolina DE SÃO PAULO Porsche Intelligent Performance. Esse foi o nome pomposo que a Porsche inventou há um ano quando decidiu entrar na onda dos híbridos. Para muitos puristas, a Porsche começou a renegar suas origens esportivas quando lançou o primeiro Cayenne, em 2002. Sete anos depois chegou o Panamera, um "cupê de quatro portas" com um quê de 911. Agora são as versões com motores a combustão e elétrico que atormentam os fãs tradicionalistas da marca. Não deveriam, diga-se. Com o Cayenne e o Panamera, a Porsche nunca vendeu tanto e nunca ganhou tanto dinheiro. Só no Brasil (líder na América Latina), foram 476 Cayenne e 128 Panamera em 2010 -no total, a marca alemã cresceu 65% em relação à 2009. Só que o Cayenne S Hybrid não está confirmado para o país. A importadora Stuttgart aguarda isenção do governo para tornar a versão viável. Hoje custaria R$ 490 mil, aproximadamente 30% a mais do que o Cayenne S só a gasolina. V8 OU V6? Sem isenção, há poucos argumentos para convencer o cliente a abdicar do motor 4.8 V8 de 400 cv pelo 3.6 V6 com compressor e 333 cv. A favor, só um motor elétrico que libera seus 34 kW (47 cv) para dar potência ou economizar gasolina -a Porsche aponta 23% de redução ante o V6 aspirado. Mesmo sem aferições do teste Folha-Mauá, soa otimista demais. Primeiro porque trata-se de um sistema híbrido paralelo -o motor elétrico até movimenta o carro, mas só rodando sob baixíssima carga do acelerador. Também auxilia na partida em sinais ("start-stop"). Segundo porque o motor V6 é sobrealimentado por um compressor volumétrico, que aumenta o consumo em relação ao V6 aspirado. Por último, o motor elétrico dianteiro (e não central, como mostra o desenho na tela de LCD do painel) e a bateria de níquel metálico, instalada no porta-malas, deixam o Cayenne pesado. São 2.240 kg, 245 kg a mais que a versão V6. (FABIANO SEVERO) A Stuttgart cedeu o Porsche Cayenne S Hybrid para avaliação Texto Anterior: Celta prepara terreno para futuro hatch da GM Próximo Texto: Projeto de isenção para híbridos está parado no Senado Índice | Comunicar Erros

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