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Peças & acessórios
Regulada, lâmpada clara é mais segura
Luzes roxa ou azul são ilegais e podem dar multa de R$ 128; valor de kits começa em R$ 10 e atinge R$ 1.800
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Não são apenas os donos de
carros importados que dirigem
à noite com faróis de luz mais
branca que os de costume.
Quem não recebeu de fábrica
esse tipo de lâmpada também
pode tê-la instalada em seu carro, desde que se disponha a pagar até R$ 1.800. As mais simples custam cerca de R$ 10.
Os motivos que levam alguém a instalá-las não são só
estéticos mas também de segurança. Além do visual mais moderno, os fabricantes prometem aumento de visibilidade.
Os modelos mais caros, conhecidos como "xenon", utilizam gás xenônio dentro de seus
bulbos, enquanto as lâmpadas
halógenas utilizam filamento
em seu interior (veja quadro).
"Para os carros que têm farol
baixo e alto na mesma lâmpada,
o ideal é que seja instalado o kit
"bi-xenon", que proporciona a
alternância das luzes", explica
Marcos Henrique Marion, dono de um autoelétrico.
Há motoristas, porém, que
instalam uma lâmpada de xenônio simples e acabam sem farol alto. "No caso de carros com
lâmpadas diferentes para faróis
alto e baixo, recomenda-se a
instalação de lâmpada de xenônio no baixo e uma similar halógena no alto", aconselha.
Cléber Barbosa, dono de loja
de acessórios para carros, trocou as lâmpadas originais de
seu New Beetle por um kit de
xenônio: "Não foi por estética,
mas pela segurança. À noite,
além de iluminar mais, a vista
cansa menos com a luz branca".
Por mês, Barbosa instala cerca de 60 lâmpadas de xenônio
ou halógenas superbrancas.
Legislação
Também foi a segurança que
levou a estudante Ana Julia
Kiss a instalar um kit. "Às vezes, os outros motoristas reclamavam que eu estava com o farol alto aceso, mas, na verdade,
era apenas a luz branca", conta.
Segundo o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito),
não importa o tipo da luz, mas a
cor, que deve ser branca. Além
disso, o motorista deve evitar as
lâmpadas que causem ambigüidade de interpretação para o
fiscal de trânsito.
Por isso, o melhor é fugir das
muito roxas ou azuis e procurar
fabricantes de confiança.
Cyro Vidal, presidente da comissão de trânsito da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil),
diz que a resolução 692/88 do
Conselho Nacional de Trânsito
só especifica as normas para a
fabricação das lâmpadas, e não
os meios para fiscalizá-las.
"Na prática, o guarda não pode provar que a lâmpada está
fora das especificações. Se o
motorista multado recorrer,
ganhará", explica Vidal.
Ainda assim, é bom não descuidar da manutenção: ter faróis desregulados é infração
grave, com multa de R$ 127,69 e
retenção do veículo para regularização.
(EDUARDO TARDIN)
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