|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
E 500 muda pouco e fica mais potente
Mercedes ganha motor de 388 cv e segurança do Classe S; exterior tem alterações discretas
GERSON CAMPOS
ENVIADO ESPECIAL A CAMPINAS
O mais importante dos Mercedes-Benz mudou. Responsável por 45% das vendas da marca no mundo, o sedã Classe E
está apenas um pouco diferente por fora, mas herdou evoluções do Classe S. O E 350 e o E
500 ganharam os dispositivos
de segurança do pacote Pre-safe, e o motor V8 (oito cilindros
em "V") ficou mais potente.
Com alterações discretas no
visual, é preciso ser detalhista
para distingui-las: mudaram o
pára-choque e a grade dianteira, o desenho e o aro das rodas
-foram de 16 para 17 polegadas-, a lente dos faróis e as
lanternas, agora de LEDs.
No interior, o volante mudou, e há novas cores e estofamento. A versão Avantgarde,
com apelo mais esportivo, tem
saias laterais e pára-choque
traseiro diferente do da Elegance, que tem vidros verdes
no lugar dos azuis da outra.
De acordo com a Mercedes, o
Classe E, que volta às lojas na
segunda quinzena deste mês,
teve 2.000 peças trocadas ou
melhoradas. E são elas que permitem enxergar as mudanças
do sedã. "Para o consumidor
desse segmento, é importante
aprimorar os detalhes", afirma
Rogério Montagner, analista
de produto da montadora.
E, quando se trata de motor,
aprimorar quer dizer oferecer
mais potência: com os 388 cv
(cavalos) do novo V8 -o anterior tinha 306 cv-, o E 500 vai a
100 km/h em 5,3s. O E 350 gasta 6,9s -ambos têm velocidade
máxima limitada a 250 km/h.
Quem quiser conferir esses
números estará mais resguardado: caso "perceba" o perigo
de um acidente por meio de
uma freada brusca, por exemplo, o sistema Pre-safe pré-tensiona os cintos de segurança,
move os encostos de cabeça para minimizar danos à coluna
vertebral e acende as luzes de
freio de maneira intermitente
para alertar os motoristas que
vêm atrás. A direção oferece
respostas 10% mais ágeis.
Rival: BMW
Ainda com "lenha para queimar", a sétima geração do modelo chega a seu quarto ano de
vida e, como a anterior -que foi
vendida de 1995 a 2002-, deve
completar sete anos antes de
encerrar seu ciclo em 2009.
As mudanças, porém, são necessárias para combater a Audi,
a BMW e até a Volvo, que equipou seu novo S80 com um motor V8 para brigar com os alemães, aparentemente despreocupados. "As vendas deles [Volvo] são pequenas. Nosso principal concorrente é a BMW", explica Rogério Montagner.
Contra os conterrâneos da
BMW, a Mercedes tem como
trunfos a potência superior e o
preço inferior. Cobra R$ 380
mil pelo E 500, de 388 cv, enquanto o BMW 550i, de 367 cv,
sai por R$ 407.175. O Audi A6
tem 335 cv e custa R$ 392,6 mil.
Para o S80, de 315 cv, a Volvo
ainda não definiu nem data de
chegada nem preço, mas deve
ficar na casa de R$ 350 mil.
Quem quiser o desempenho
de um carro da Ferrari com a
classe de um da Mercedes poderá escolher o E 63 AMG: são
514 cv, chegada a 100 km/h em
4,5s e máxima de 325 km/h.
Nos carros da divisão esportiva
AMG, é possível retirar o limitador de velocidade.
GERSON CAMPOS viajou a convite da DaimlerChrysler, que cedeu o carro para avaliação
Texto Anterior: Por que ele vê mais? Próximo Texto: Cartas Índice
|