São Paulo, domingo, 06 de agosto de 2006

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E 500 muda pouco e fica mais potente

Mercedes ganha motor de 388 cv e segurança do Classe S; exterior tem alterações discretas

GERSON CAMPOS
ENVIADO ESPECIAL A CAMPINAS

O mais importante dos Mercedes-Benz mudou. Responsável por 45% das vendas da marca no mundo, o sedã Classe E está apenas um pouco diferente por fora, mas herdou evoluções do Classe S. O E 350 e o E 500 ganharam os dispositivos de segurança do pacote Pre-safe, e o motor V8 (oito cilindros em "V") ficou mais potente. Com alterações discretas no visual, é preciso ser detalhista para distingui-las: mudaram o pára-choque e a grade dianteira, o desenho e o aro das rodas -foram de 16 para 17 polegadas-, a lente dos faróis e as lanternas, agora de LEDs. No interior, o volante mudou, e há novas cores e estofamento. A versão Avantgarde, com apelo mais esportivo, tem saias laterais e pára-choque traseiro diferente do da Elegance, que tem vidros verdes no lugar dos azuis da outra. De acordo com a Mercedes, o Classe E, que volta às lojas na segunda quinzena deste mês, teve 2.000 peças trocadas ou melhoradas. E são elas que permitem enxergar as mudanças do sedã. "Para o consumidor desse segmento, é importante aprimorar os detalhes", afirma Rogério Montagner, analista de produto da montadora. E, quando se trata de motor, aprimorar quer dizer oferecer mais potência: com os 388 cv (cavalos) do novo V8 -o anterior tinha 306 cv-, o E 500 vai a 100 km/h em 5,3s. O E 350 gasta 6,9s -ambos têm velocidade máxima limitada a 250 km/h. Quem quiser conferir esses números estará mais resguardado: caso "perceba" o perigo de um acidente por meio de uma freada brusca, por exemplo, o sistema Pre-safe pré-tensiona os cintos de segurança, move os encostos de cabeça para minimizar danos à coluna vertebral e acende as luzes de freio de maneira intermitente para alertar os motoristas que vêm atrás. A direção oferece respostas 10% mais ágeis.

Rival: BMW
Ainda com "lenha para queimar", a sétima geração do modelo chega a seu quarto ano de vida e, como a anterior -que foi vendida de 1995 a 2002-, deve completar sete anos antes de encerrar seu ciclo em 2009. As mudanças, porém, são necessárias para combater a Audi, a BMW e até a Volvo, que equipou seu novo S80 com um motor V8 para brigar com os alemães, aparentemente despreocupados. "As vendas deles [Volvo] são pequenas. Nosso principal concorrente é a BMW", explica Rogério Montagner. Contra os conterrâneos da BMW, a Mercedes tem como trunfos a potência superior e o preço inferior. Cobra R$ 380 mil pelo E 500, de 388 cv, enquanto o BMW 550i, de 367 cv, sai por R$ 407.175. O Audi A6 tem 335 cv e custa R$ 392,6 mil. Para o S80, de 315 cv, a Volvo ainda não definiu nem data de chegada nem preço, mas deve ficar na casa de R$ 350 mil. Quem quiser o desempenho de um carro da Ferrari com a classe de um da Mercedes poderá escolher o E 63 AMG: são 514 cv, chegada a 100 km/h em 4,5s e máxima de 325 km/h. Nos carros da divisão esportiva AMG, é possível retirar o limitador de velocidade.


GERSON CAMPOS viajou a convite da DaimlerChrysler, que cedeu o carro para avaliação

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