São Paulo, domingo, 07 de março de 2004 |
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SALÃO DE GENEBRA Lamborghini Murciélago perde o teto, Mercedes mostra novo SLK, e Opel Tigra Twin Top tem 440 litros no porta-malas Frio não intimida conversíveis em Genebra
LUÍS PEREZ FREE-LANCE PARA A FOLHA, EM GENEBRA Apesar de um frio de algo como 5C negativos nas ruas, o 74º Salão de Genebra (Suíça) marca o final do inverno europeu se rendendo aos automóveis conversíveis -sejam modelos de linha, prontos para ser comercializados, sejam carros-conceito, feitos para testar os ânimos do público antes de levá-los às lojas. Um dos "sem-teto" apresentados é o Opel Tigra Twin Top, cujo mérito é manter um porta-malas de 440 litros (ao preço de ter dois lugares) e dois motores: um 1.4 de 90 cv (cavalos) e um 1.8 de 125 cv. Basta acionar um botão que o teto eletridráulico o transforma em um belo roadster. Igualmente moderno, porém nostálgico, é o agora também descapotável Mini, da BMW. O teto de lona se retrai em 15 segundos. Passando do charme à esportividade, há a nova geração do Mercedes-Benz SLK, que lembra o superesportivo SLR McLaren e, por conseqüência, um modelo de Fórmula 1 -basta conferir a parte central do capô, que parece o bico de um carro de corrida. Seu motor topo de linha empolga bastante: 360 cv na versão 55 AMG, com aceleração de 0 a 100 km/h em 4,9s, segundo a marca. Há uma nova transmissão automática de sete velocidades, que pode ser comandada no volante. Americanos Outro a perder a capota em Genebra é o Chevrolet Corvette C6, apresentado no Salão de Detroit, em janeiro, como cupê. Também traz um motor invejável: 6.0 V8 (oito cilindros em "V"), de 405 cv. Por falar em norte-americanos, desfilam na exposição suíça duas versões superesportivas do Chrysler Crossfire denominadas SRT-6, produzidas pela SRT (sigla em inglês para tecnologia de rua e corrida), que faz parte do grupo DaimlerChrysler. São o Crossfire SRT-6 Coupé e o SRT-6 Roadster, equipados com motor de 330 cv. Mas a grande estrela entre os conversíveis -sim, há um carro ainda mais badalado- é o Lamborghini Murciélago Barchetta, equipado com motor 6.2 V12 de 580 cv (dez vezes um "popular"). Dados de fábrica dão conta de que chega aos 100 km/h em somente 3,8 segundos e a uma velocidade máxima de 330 km/h. Neutralidade Concebida para acontecer em "território neutro" -ou seja, sem os pesos que americanas, francesas e alemãs exercem nos salões de Detroit, Paris e Frankfurt-, a mostra de Genebra sempre permite boas apresentações. Fazia um certo tempo, porém, que não havia tantas novidades sendo apresentadas aqui de uma só vez -aproximadamente meia centena de lançamentos mundiais. O problema é que o Brasil, com economia estagnada, não verá tão cedo a cor de boa parte deles, sobretudo se tiverem de ser importados. A alta do euro torna a situação pior do que há cinco anos: no início de 1999, o câmbio brasileiro passou a um regime flutuante. Próximo Texto: Até a Rolls-Royce entra na onda dos "sem-teto" Índice |
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