São Paulo, domingo, 07 de março de 2010

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SALÃO DE GENEBRA

Genebra vê crise com híbrido e "mini"

De Porsche a Tata, carros alternativos dominam o salão suíço; há até o carro a gás de cozinha

FABIANO SEVERO
ENVIADO ESPECIAL A GENEBRA

É impossível cruzar dois estandes do 80º Salão de Genebra sem esbarrar em um carro híbrido. Desde Porsche até Tata.
Até o próximo domingo, os visitantes verão de tudo, até carro movido a gás de cozinha. Sim, o GLP veicular tem seguidores na Europa, como a Ford.
Nick Reilly, diretor-geral da Opel (braço europeu da GM), está tão confiante nos híbridos que diz ter percorrido 550 km entre Rüsselsheim (Alemanha) e Genebra (Suíça) com o Ampera -usa mais o motor elétrico que o 1.4 turbo movido a E85.
A preocupação com o ambiente não é idealista, é financeira. Na Europa, há países com impostos vinculados aos índices de emissões. Se o carro polui muito, fica caro e não vende.
Daí a razão para a Porsche se render ao motor híbrido e apresentar o Cayenne Hybrid. Ele usa um motor 3.0 V6 com compressor (333 cv) e mais um elétrico de 47 cv (roda a 60 km/h).
Também é a razão para a BMW adotar o ActiveHybrid na Série 5 com motor de seis cilindros e um elétrico de 53 cv -ele ajuda o motor a combustão ou apenas gera energia para pequenos deslocamentos.
Funcionam da mesma forma nos novos Volkswagen Touareg, Audi A8 e Mercedes S400 -este último será lançado no Brasil ainda neste ano.

Anti-Mini
Na Audi, quem se destaca mesmo é o pequenino A1. Ele não chega a ser um híbrido, mas aproveita a energia das frenagens ("kers") e desliga o motor em semáforo ("start-stop").
O propulsor 1.4 turbo com injeção direta é o mesmo do irmão de plataforma, o Polo europeu. No Audi, ele gera 122 cv, 58 cv a menos que no novo GTi.
O A1 chega ao Brasil em 2011. O Polo, "só mais tarde", diz Ulrich Hackenberg, diretor de desenvolvimento do grupo VW.
O brasileiro Carlos Ghosn, presidente do grupo Renault-Nissan, confirmou à Folha a venda do compacto March no Brasil (na Europa, é Micra). Será feito em quatro países, entre eles o México, que exportará para o Brasil em 2011 sem taxa.
Já o Kia Sportage virá da Coreia do Sul para o Brasil em junho ou julho, afirma Michael J. Choo, gerente-geral de exportação da Kia. Para a Europa, o utilitário é feito na Eslováquia.
O cronograma do também "irmão de plataforma" Hyundai ix35 -substituto do Tucson- seria igual, mas no Brasil o ix35 só chegará em outubro, para o Salão de São Paulo.


O jornalista viajou a convite da Mercedes-Benz


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