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SALÃO DE GENEBRA
Genebra vê crise com híbrido e "mini"
De Porsche a Tata, carros alternativos dominam o salão suíço; há até o carro a gás de cozinha
FABIANO SEVERO
ENVIADO ESPECIAL A GENEBRA
É impossível cruzar dois estandes do 80º Salão de Genebra
sem esbarrar em um carro híbrido. Desde Porsche até Tata.
Até o próximo domingo, os
visitantes verão de tudo, até
carro movido a gás de cozinha.
Sim, o GLP veicular tem seguidores na Europa, como a Ford.
Nick Reilly, diretor-geral da
Opel (braço europeu da GM),
está tão confiante nos híbridos
que diz ter percorrido 550 km
entre Rüsselsheim (Alemanha)
e Genebra (Suíça) com o Ampera -usa mais o motor elétrico
que o 1.4 turbo movido a E85.
A preocupação com o ambiente não é idealista, é financeira. Na Europa, há países com
impostos vinculados aos índices de emissões. Se o carro polui muito, fica caro e não vende.
Daí a razão para a Porsche se
render ao motor híbrido e apresentar o Cayenne Hybrid. Ele
usa um motor 3.0 V6 com compressor (333 cv) e mais um elétrico de 47 cv (roda a 60 km/h).
Também é a razão para a
BMW adotar o ActiveHybrid
na Série 5 com motor de seis cilindros e um elétrico de 53 cv
-ele ajuda o motor a combustão ou apenas gera energia para
pequenos deslocamentos.
Funcionam da mesma forma
nos novos Volkswagen Touareg, Audi A8 e Mercedes S400
-este último será lançado no
Brasil ainda neste ano.
Anti-Mini
Na Audi, quem se destaca
mesmo é o pequenino A1. Ele
não chega a ser um híbrido,
mas aproveita a energia das frenagens ("kers") e desliga o motor em semáforo ("start-stop").
O propulsor 1.4 turbo com injeção direta é o mesmo do irmão de plataforma, o Polo europeu. No Audi, ele gera 122 cv,
58 cv a menos que no novo GTi.
O A1 chega ao Brasil em 2011.
O Polo, "só mais tarde", diz Ulrich Hackenberg, diretor de desenvolvimento do grupo VW.
O brasileiro Carlos Ghosn,
presidente do grupo Renault-Nissan, confirmou à Folha a
venda do compacto March no
Brasil (na Europa, é Micra). Será feito em quatro países, entre
eles o México, que exportará
para o Brasil em 2011 sem taxa.
Já o Kia Sportage virá da Coreia do Sul para o Brasil em junho ou julho, afirma Michael J.
Choo, gerente-geral de exportação da Kia. Para a Europa, o
utilitário é feito na Eslováquia.
O cronograma do também
"irmão de plataforma" Hyundai ix35 -substituto do Tucson- seria igual, mas no Brasil
o ix35 só chegará em outubro,
para o Salão de São Paulo.
O jornalista viajou a convite da Mercedes-Benz
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